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Festival do Clube 2016

Mudar o mundo: do micro para o macro

13.09.16

O papel social das marcas e do mercado publicitário foi o fio condutor da mesa "Be an agent of change: porque a comunicação pode ser mais poderosa do que todas as AR15 já fabricadas", realizada no Festival do Clube. O painel, mediado por Hugo Rodrigues, presidente da Publicis Brasil, contou com a participação de Fábio Coelho, presidente do Google; Walter Susini, presidente da LOV e da McGarryBowen; David Laloum, presidente da Y&R; e de Luiz Fernando Musa, CEO da Ogilvy & Mather Brasil.

Rodrigues iniciou o bate-papo lembrando que, em todos os grandes eventos voltados para o tema da inovação, a temática social vem sendo cada vez mais abordada e abriu espaço para que cada líder contasse como vem se posicionando nesse sentido. “O mercado demorou a se posicionar. Os anunciantes fizeram isso antes”, comentou Musa. “Mas temos de nos perguntar como é que a inteligência que está nessa sala pode chamar a atenção para as causas certas.”

Para Coelho, a digitalização permite que as pessoas fiquem mais antenadas em relação aos movimentos de transformação social. “As empresas vão ter de valorizar o aspecto da cidadania de forma mais ampla. E isso tem começar por dentro, com um bom ambiente de trabalho, com bons líderes e aí se estender para a sociedade. É preciso trazer soluções melhores para todo mundo”, afirmou.

Susini lembrou que é importante que as marcas saibam o impacto que têm na vida das pessoas e achem um espaço para se posicionar. “Na minha opinião, elas não têm de se posicionar politicamente, mas socialmente.” Já David Laloum ressaltou que a sociedade vem evoluindo de geração em geração. “Mas precisamos de menos discurso e mais atos.”

Apesar dessa evolução, os participantes lembraram que a propagação dos temas negativos continua a ocorrer de forma muito contundente, até pela própria natureza humana. “Existe uma pesquisa que mostra que, se você perder uma nota de R$ 100 vai ficar duas vezes mais chateado do que ficaria feliz se achasse uma nota de R$ 100”, lembrou Rodrigues.

É uma pena que o bem não cause o mesmo impacto que o mal. Precisamos dar visibilidade aos bons exemplos. E lembrar que o terrorismo é galgado no impacto que causa. Quando ocorre um atentado em Nova York ou em Nice, o que estão fazendo é propaganda de alto impacto para uma causa. É propaganda bem feita para o mal”, complementou Musa.

Susini ressaltou a importância de acreditar no papel transformador da indústria da comunicação. “Se você trabalha nessa indústria e não acredita que ela pode fazer um mundo melhor, está no lugar errado.

Coelho ponderou que hoje nos indignamos em real time, que as pessoas têm mais oportunidades de se expressar e que, quanto mais discutirmos os assuntos e entendermos as diferenças de pontos de vista, menos radicais vamos ser. “Temos de ter mais fóruns de discussão. Essa articulação vai nos levar a uma sociedade melhor.” E a transformação tem de ser dentro das empresas para fora. Ou seja, o exercício começa em casa. "As marcas têm capacidade de agregar valor às coisas relevantes". Musa reforçou que a mudança começa no microambiente. “Não adianta querer mudar o mundo todo de uma vez só, comece com quem está ao seu lado.

Para Laloum, o excesso de informação acaba fazendo com que muitos temas fiquem na superficialidade e a descrença na classe política reforça a importância da iniciativa privada. “Quando governos não conseguem resolver uma coisa, empresas e marcas têm um papel fundamental para contribuir de uma forma ou de outra.

Confira a programação completa do Festival, aqui.

Paula Guimarães

Serviço:

Festival do Clube de Criação 2016

Quando: Setembro, 10, 11 e 12 - 2016
Local: Cinemateca Brasileira - São Paulo – Brasil
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino

Hosted by: Clube de Criação
www.clubedecriacao.com.br
55 11 3030-9322

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#FestivaldoClube2016

Festival do Clube 2016

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