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O que pensam os novos líderes criativos
Uma nova geração de diretores de criação se formou nos últimos dois anos em meio aos haters e lovers das redes sociais, ao fortalecimento do mobile e a uma profunda transformação dentro do ambiente das agências. Para discutir os desafios de virar a chave e deixar de ser criativo em tempo integral para assumir uma função de gestor, cinco representantes desses novos líderes participaram da mesa “Sob nova direção de criação”, no Festival do Clube.
Fabio Mozeli, da Neogama, foi o mediador do encontro que contou ainda com Juliana Patera, da Publicis Brasil; Romero Cavalcanti, da FCB Brasil; Marcelo Nogueira, da AlmapBBDO; Adriano Alarcon, da DM9DDB; e Fabiano Pinel, da Africa.
Assumir a nova posição foi para muito deles como mudar de carreira. “Você sai da visão da parte para a do todo. Muda o ponto de vista. O desafio é não deixar a nova função e a burocracia contaminarem a sua essência criativa”, comentou Nogueira. “Você vira um curador, acaba não tendo tempo de fazer seus próprios jobs”, complementou Mozeli.
Para Juliana, este é exatamente o maior receio. “É importante ver até que ponto você tem de administrar e até que ponto deve realmente continuar criando para não ficar no limbo de não ser um bom gestor, nem um bom criativo.”
Já Cavalcanti comentou a diferença de ser promovido dentro da própria agência ou de assumir a função em outra agência. “Quando você é promovido, você sai do quentinho, mas conhece todo mundo ali naquele ambiente. Se você assume uma nova função em uma nova agência tem o lado positivo que ninguém te enxerga como alguém que ia nos almoços, mas agora não vai mais”, brincou.
Pinel destacou a necessidade de se manter atualizado diante das inovações que não param de aparecer, especialmente quando você está em uma posição de liderança. “É como se você precisasse abastecer o carro andando. Você não pode ficar obsoleto na frente das pessoas”, comentou.
Alarcon ressaltou que se sente mais válido na nova função. “Não sinto uma divisão (entre ser criativo e DC). Sinto que estou criando quando sento com a minha equipe. Quando você assume a função de diretor de criação passa a trabalhar no coletivo, suas brigas são maiores”, defendeu.
Outra questão levantada durante a mesa foi como lidar com o imediatismo da Geração Milênio, que chega já querendo fazer grandes trabalhos. Para Nogueira, o profissional que se empenha sempre foi minoria. A diferença é que agora isso fica mais evidente. “Quando vejo alguém que tem esse ímpeto, ponho debaixo do braço”, disse Juliana.
Romero, por sua vez, acredita que as agências também precisam mudar para receber esses novos profissionais, criando um melhor ambiente de trabalho, inclusive porque hoje não existem mais os salários nem o status de antigamente. E Mozeli lembrou que parte do ofício do diretor de criação é treinar essas pessoas que estão chegando ao mercado. “O cara que chega hoje na agência chega cheio de possibilidades, então é mais fácil transitar”, opinou Alarcon.
Sobre as novas plataformas e a dificuldade de se inserir nelas, Nogueira lembrou que as pessoas nunca quiseram ver propaganda, só que antes eram obrigadas. “Hoje, elas têm mais formas de fugir.” A solução diante de tantos desafios, finalizou Adriano, é subir a barra da qualidade para todos: fornecedores, clientes e agências.
Confira a programação completa do Festival, aqui.
Paula Guimarães
Serviço:
Festival do Clube de Criação 2016
Quando: Setembro, 10, 11 e 12 - 2016
Local: Cinemateca Brasileira - São Paulo – Brasil
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino
Hosted by: Clube de Criação
www.clubedecriacao.com.br
55 11 3030-9322
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#FestivaldoClube2016