arrow_backVoltar

Festival do Clube 2022

'Para criar conteúdo relevante precisamos de muita escuta'

24.10.22

As agências têm formatos de trabalho diferentes em relação às áreas de criação e conteúdo. Se algumas possuem departamentos unidos, outras mantêm uma separação mais clara. Mas não importa qual seja a mídia. O interessante para as marcas é contar uma boa narrativa e emocionar o público, porque é isso que vai realmente criar engajamento. Essa foi reflexão comum entre os participantes da mesa “Conteúdo e criação: o desafio de contar uma história além dos meios”, mediada por Mariana Hasselmann, content director da Wunderman Thompson, na 10ª edição do Festival do Clube, no Memorial da América Latina.

Fala-se muito em conteúdo como se fosse algo recente. Conteúdo é história, tem fofoca, tem humor, amor, histórias pautam o mundo. Com o advento das redes sociais, ficou-se com a impressão de que conteúdo é atrelado a formato (social media), mas não é. Mídias sociais são só mais um canal, mais um meio, não é a premissa, a premissa é como contar a história da melhor forma possível”, avaliou José Diniz, creative content director da CP+B. “O conteúdo concorre com o entretenimento”, completou.

Os participantes também refletiram sobre o fato de que a criatividade pode vir de todos os lugares – seja dos redatores e diretores de arte, de profissionais “conteudistas”, da área de mídia, planejamento, mas também - e principalmente - da própria audiência. Inclusive, outras perspectivas alimentam a criação. Tielo Rios, redator da Galeria, por exemplo, não era publicitário até 2016. O profissional trabalhava anteriormente com produção cultural. “O produtor cultural se liga em tudo para passar a mensagem, qualquer elemento pode ser importante. Interessante trazer esse outro olhar”, observou o criativo, que atualmente trabalha com a marca Natura na agência.

Nesse contexto, Diniz defendeu que a criatividade está ligada à solução – não a cargos ou funções. “É importante aumentar o perímetro do que é criatividade, para todas as áreas. A criatividade está em todo mundo, todas as pessoas têm suas habilidades criativas”, pontua.

Isadora Greiner, associate creative director da Publicis, concordou com a importância da cocriação, citando alguns exemplos bem sucedidos de parcerias criativas. Ela lembrou ainda que o que move o consumidor é uma boa narrativa. “Se for uma história muito bem contada, tudo conversando, a gente já acertou em uma frente. Se o público se conectar com ela, outro check na lista. Mas se além de tudo essas pessoas ainda querem que outras também vejam aquilo, aí podemos dizer que acertamos bem na criação”.

A mediadora Mariana Hasselmann destacou que conteúdo não é considerado como departamento na Wunderman Thompson, mas é uma disciplina. “Não é uma área, é um step do processo. Criamos conteúdos relevantes para as pessoas, independentemente de quem criou”, ressaltou. “E nesse processo, quem são os aliados para contar histórias que emocionam?”, questionou a mediadora.

Na avaliação de Patrícia Colombo, content director da WMcCann, todos devem ser aliados. “Para que as marcas tenham a relevância cultural que querem ter, é um trabalho interdisciplinar. Preciso do profissional de BI, de mídia, atendimento, criativos, todo mundo é aliado. Do lado de fora, a própria comunidade. Um bom projeto entrega um reflexo das questões da sociedade, por conta disso, traz verdades e resultados de negócios”, refletiu.

Também na linha de que o conteúdo deve trazer uma reflexão sobre os temas que urgem na sociedade, Pedro Cruz, estrategista, consultor de DE&I, top voice e creator/LinkedIn, defendeu a importância da pluralidade na criação. "Em vez de pensar novos conceitos, nomes diferentes para coisas que são iguais, precisamos mudar a forma que a gente faz. Profissional de atendimento também vai ter repertório para o conteúdo. Audiência vai ter ainda mais reportório para construir. Não dá para mudar a forma sem pensar em inclusão e diversidade. Ainda têm egos muito inflados na indústria, muitas verdades absolutas que não são mais verdades”, argumentou.

"Para criar conteúdo relevante precisamos de muita escuta, conversa, diálogo, análise - não só numérica - de dados, mas também o que está por trás dos números. Contar história a partir da inteligência cultural é o que engaja. É o que vai ajudar marcas a construir relevância", concluiu Cruz.

Veja a programação do Festival aqui.

Leia todas sobre o Festival do Clube aqui.

Serviço:

10º Festival do Clube de Criação

Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google, Santeria e Tik Tok.

Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Africa, Alice Filmes, Apro + Som, Barry Company, Broders, Cerveja Avós, Draftline, Clube da Voz, Grupo de Atendimento e Negócios, Jamute, KraftHeinz. Landscape, Modernista, Mugshot, MyMama, Nescafé Dolce Gusto ,Not So Impossible, O2, Paranoid, Piloto, Publicis, S de Samba, Sentimental Filme, Shutterstock, TBWA Media Arts Lab, Untitled, Uol, Vetor Zero, WMcCann e Zohar.

Dúvidas ou desejo de se associar? clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou Whatsapp do Clube: 11 - 93704-2881

Facebook Clube de Criação 

@CCSPOficial no Twitter

@ClubedeCriacao no Insta

#festidaldoclubedecriacao

Festival do Clube 2022

/