Festival do Clube 2022

As conversas que acontecem no Twitter refletem os hábitos e tendências comportamentais de diferentes gerações que utilizam a plataforma. A pesquisa inédita Twitter Trends foi apresentada neste domingo, 23, no Festival do Clube de Criação 2022 por Camila Guimarães, líder da área de pesquisa da companhia no Brasil. O estudo analisou mais de um bilhão de tweets durante os últimos dois anos e mostra os movimentos atuais e traz insights do que pode acontecer futuramente.

Por meio dessa análise, foi possível captar macrotendências baseadas nas conversas e nos comportamentos da plataforma e estabelecer três tópicos para ajudar as marcas a se manterem a frente do que está sendo discutido pela sociedade no ambiente digital. São eles: Sinergia de cuidado, Universo criado por fãs e Arte movida a tecnologia.

Esses dados foram debatidos em um painel que contou com as participações de Alessandro Bernardo, diretor executivo de criação da Artplan; Monique Lemos, antropóloga, estrategista, fundadora e CEO da Topográficas; Robson Rodrigues, especialista em branding, professor de marketing digital na Firjan e Domestika e fundador da plataforma Influência Negra.

Sinergia de cuidado

Esse tópico trata de temas como preocupação com o planeta, o meio ambiente e as pessoas. Entre os assuntos relacionados estão justiça climática, que é uma das mais fortes conversas do momento, insegurança alimentar e racismo ambiental. São preocupações da comunidade para o futuro.

O papel do Brasil na mudança global aparece por meio de vozes como as dos indígenas Txai Suruí e Karibuxi, que se destacam no Twitter nesta temática.

Para Monique, os dados fazem uma tradução da sociedade. “Vejo o Twitter como um espaço onde vemos os assuntos desejáveis e não desejáveis que são falados”. Camila Guimarães, responsável pela pesquisa, explicou que os resultados do estudo mostram que é preciso entender responsabilidade social como algo maior. “Esses temas têm de estar em toda a cadeia e nas práticas das marcas. É preciso também que a empresa aja com transparência para conseguir gerar identificação com o público”.

Universo criado por fãs

Outro destaque da pesquisa são as comunidades de fãs, conhecidas também como fandons. Entre os temas mais comentados nos últimos dois anos estão a cantora Juliette, que foi campeã do Big Brother Brasil em 2021, mas continuou sendo tendência por meio de seu fandon, autonomeado Cactos. Desde a primeira menção a seu nome no Twitter, as conversas em volta ex-BBB aumentaram 97%.

Outro grupo de fãs extremamente influente na rede são os Army, como são conhecidos os fãs da banda de k-pop BTS. “Eles extrapolam completamente o universo da cultura pop. Estão no dia a dia e até na política. Os Armys fizeram campanha para jovens de 16 anos tirarem os títulos”, contou Camila.

Entre as tendências enxergadas no Twitter Trends há o crescimento dos fandons do anime One Piece e crescimento da memorabilia, itens colecionáveis relacionados com pessoas, especialmente os virtuais, como os Fans Tokens.

Como destaque nestas conversas de fandons, estão o influenciador Casimiro e cantora Anitta, que engajam com suas comunidades. Alessandro Bernardo vê uma grande oportunidade para marcas nesses nichos. “As empresas devem entrar em conversas já existentes com os fandons. Os fãs sentem necessidade de conversar com quem compartilha ideias com eles”, disse.

Rodrigues concordou com o criativo da Artplan. “As empresas têm um medo bizarro de entrar em algumas conversas, mas não tem mais como fugir. As conversas estão aí e as marcas têm de encará-las. Marcas são também agentes educadores da sociedade”.

Arte movida a tecnologia

O tema dos NFTs e de artes colecionáveis digitais explodiu nos últimos dois anos. Segundo a pesquisa houve um aumento de 960% na conversa sobre NFT na rede social desde 2020. E, de acordo com Camila, as conversas sobre arte digital continuam em crescente expansão chegando a novos públicos “A arte movida a valores fala com novas audiências. Um exemplo desse movimento são as agências brasileiras de criptoarte em NFT que focam em artistas de periferias ou mulheres”, observou.

Para as marcas, as tendência destacadas pelo estudo são a importância de: educar o público sobre o assunto, de o NFT existir para agregar valor para o cliente; e de criar espaço para o universo gamer, que já está familiarizado com a tecnologia.

Mais detalhes da pesquisa podem ser conferidos no site do Twitter Marketing.

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Serviço:

10º Festival do Clube de Criação

Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google, Santeria e Tik Tok.

Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Africa, Alice Filmes, Apro + Som, Barry Company, Broders, Cerveja Avós, Draftline, Clube da Voz, Grupo de Atendimento e Negócios, Jamute, KraftHeinz. Landscape, Modernista, Mugshot, MyMama, Nescafé Dolce Gusto ,Not So Impossible, O2, Paranoid, Piloto, Publicis, S de Samba, Sentimental Filme, Shutterstock, TBWA Media Arts Lab, Untitled, Uol, Vetor Zero, WMcCann e Zohar.

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