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Com 'Maria Bruaca', painel discute merchan em novelas
Remake de uma produção exibida em 1990, pela então TV Manchete, “Pantanal” chegou ao final há duas semanas com saldo amplamente positivo. A novela caiu no gosto do público, ganhou as redes sociais e foi mencionada até na campanha eleitoral – além, é claro, de ter aumentado a audiência da programação noturna da Globo.
O grande desafio para o roteirista do remake, Bruno Luperi – neto de Benedito Ruy Barbosa, autor do original –, foi atualizar a abordagem da trama, tornando-a mais condizente com o contexto atual ao lidar com temas como machismo e empoderamento feminino.
A adaptação foi elogiada, mas o mesmo não se pode dizer das inserções de merchandising ao longo dos capítulos. Luperi destacou que novelas são produções que retratam a vida e que oferecem muitas oportunidades para as marcas se inserirem de modo natural. O tema foi discutido no painel “Novela da Globo: fenômeno pop, multigeracional e mobilizador”, durante a 10ª edição do Festival do Clube.
Segundo ele, muitas dessas oportunidades poderiam ter sido aproveitadas em “Pantanal”, mas acabaram se perdendo. “As novelas dão espaço para que várias marcas se integrem na história de um jeito que seja relevante e interessante para elas e para o público”, concordou a moderadora do painel, Leonora Bardini, diretora de programação e marketing da Globo.
Para Allan Fiterman, diretor artístico da nova novela das 18h, “Mar do Sertão”, ainda há muito espaço para avançar nesse campo. “Tem que pensar na estrutura narrativa da história para encaixar as marcas. Por exemplo, pedi para o autor fazer o prefeito da cidade ter uma assistente de voz, como a Alexa. O merchandising não rolou, então a assistente é a Romera. Mas nada impede que, em algum ponto, a Romera dê defeito e seja trocada por uma Alexa”, contou o diretor.
Para se manter fiel à trama, que se passa em uma cidade fictícia no Nordeste, a produção chamou um diretor baiano e pelo menos 20 atores nordestinos, muitos dos quais nunca tinham feito TV. “Seria inviável fazer uma novela sobre o Nordeste sem nordestinos. Apostei em um elenco com diversidade, até fui buscar gente de outros departamentos da Globo, além de atores nordestinos. As pessoas querem se reconhecer na tela”, explicou.
Participação do público
Quando "Pantanal" foi ao ar, nos anos 1990, não só as práticas comerciais mas, principalmente, a sociedade brasileira era bem diferente. Lupieri contou que, ao saber que havia interesse em regravar “Pantanal”, seu avô disse achar que o tempo daquela novela havia passado.
“Falei para ele que havia coisas que deveriam ser ditas novamente, porque a narrativa serve mais para o meu filho, hoje, do que serviu para a minha mãe há 32 anos. Ela traz uma mensagem de reconexão com a natureza e propicia um debate sobre o futuro, sobre como ele será para as próximas gerações”, analisou Luperi.
A atriz Isabel Teixeira, que fez o papel de Maria Bruaca, havia assistido o original da TV Manchete e, por isso, já conhecia o arco narrativo da personagem, interpretada por Ângela Leal. “Da mesma forma que o Bruno honrou o trabalho do avô, eu honrei o trabalho da Ângela”, destacou.
Maria Bruaca, que três décadas atrás era condenada pelo público por ter um caso extraconjugal, na nova “encarnação” ganhou o coração dos telespectadores, que reconheceram nela uma mulher sofrida tentando refazer a vida.
A popularidade foi tal que, nas redes sociais, surgiu o apelido MariBru, dado pelos fãs. “Novela não é uma obra fechada. O parceiro de cena, o diretor, a maquiadora do dia te dão insights para criar. O público também ‘escreve’, como quando a personagem virou MariBru. A novela só foi o sucesso que foi por causa do público”, disse Isabel.
Eliane Pereira
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