Festival do Clube 2022

Uma cerveja artesanal, um dos maiores e mais queridos comediantes do Brasil, e a decisão de um publicitário de se tornar cervejeiro são uma receita inesperada para o sucesso. Diogo Mello, sócio-fundador da Ampolis, contou sua experiência no painel “Cacildis: o criativo virou cerveja”, que aconteceu na 10ª edição do Festival do Clube de Criação.

Diogo é amigo de infância de Sandro Gomes, filho do Mussum, como ficou conhecido o comediante Antônio Carlos, integrante dos Trapalhões. Para Diogo, ele era o Tio Caco. Sandro sempre quis manter viva a memória do pai, e ao longo dos anos surgiram várias ideias: um bloco de carnaval? Um museu?

Um dia, bebendo na praia com as famílias, a resposta veio: uma cerveja, claro! Para Sandro Gomes, filho do Mussum e sócio-fundador da empresa, a cerveja representava o legado do seu pai, e precisava desde o começo ser um produto de qualidade.

Nascia, em 2013, a Brassaria Ampolis. Seus primeiros rótulos, a Biritis e a Cacildis, foram marcados por uma busca intensa por receitas e ingredientes de qualidade, para surpreender o público e honrar o legado de Mussum.

Esse carinho, na concepção de Diogo Mello, precisava perpassar todas as características do produto. Usando toda sua bagagem como diretor de arte, ele desenvolveu uma marca e diversas aplicações que refletissem esse cuidado e preservassem a imagem e o legado do comediante.

O sucesso foi estrondoso: de público, de vendas, e de impacto na mídia e nas redes sociais. Logo, os sócios precisaram decidir se largariam seus empregos para se dedicar exclusivamente à cervejaria.

Não foi uma decisão fácil. Diogo tinha filhos, uma carreira de sucesso de mais de 20 anos em agências publicitárias de renome dentro e fora do Brasil. Com base nisso, ele deu um conselho para quem está passando por um momento parecido: “A gente coloca muito peso nas decisões. A gente acha que as coisas são fatais, definitivas. Que a nossa vida vai acabar. Não é bem assim.”

Enquanto a Ampolis dava seus primeiros passos, e alguns anos depois de Diogo ter saído do mercado das agências, ele continuou recebendo propostas de trabalho. “Se alguém tem uma vontade de empreender ou seguir um sonho, recomendo que você tire esse peso. Não ache que vai ser definitivo. Se der certo, tudo bem. Se não der, outras portas se abrirão.”

Ao entrar no mundo dos negócios, Diogo continuou com a criatividade no seu DNA e garantiu que fez a diferença no negócio. “Quando você sai do nosso universo criativo, você vê o quanto a gente subestima isso,” declarou. “As pessoas não têm esse dom, esse treino. A capacidade de resolver problemas, a velocidade que a gente tem, a forma que a gente está ligado às tendências. Valorizem isso.”

De acordo com ele, publicitários são “jedis do perrengue”. E empreender é, no dia a dia, resolver um problema atrás do outro para garantir que a empresa cresça de maneira saudável e atinja seu público.

Em 2017, a empresa foi incorporada ao grupo Petropolis. Começava a segunda parte do sonho: fazer a marca chegar ao máximo de pessoas possível. Os sócios tornaram-se consultores da marca. Os tonéis de 2 metros do primeiro ano se transformaram numa produção de cerca de 2 milhões e meio de litros de cerveja em 2022.

Maíra Carvalho

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Serviço:

10º Festival do Clube de Criação

Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google, Santeria e Tik Tok.

Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Africa, Alice Filmes, Apro + Som, Barry Company, Broders, Cerveja Avós, Draftline, Clube da Voz, Grupo de Atendimento e Negócios, Jamute, KraftHeinz. Landscape, Modernista, Mugshot, MyMama, Nescafé Dolce Gusto ,Not So Impossible, O2, Paranoid, Piloto, Publicis, S de Samba, Sentimental Filme, Shutterstock, TBWA Media Arts Lab, Untitled, Uol, Vetor Zero, WMcCann e Zohar.

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