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Feuerman e os 'pecados capitais' na apresentação de campanhas
Uma das maiores qualidades de Don Draper (personagem principal da série "Mad Men") era sua capacidade de encantar os clientes na hora de apresentar a proposta criativa da agência. O homem tinha charme, mas também técnica e carisma.
Para quem não é um Draper da vida, a boa notícia é que dá para se aprimorar nessa arte, desde que se evite os cinco “pecados capitais” de uma apresentação criativa, conforme nomeados por Kerry Feuerman, autor do livro “The Five Deadly Sins of Presenting Creative Work”.
Fundador da Last Hurdle, consultoria de treinamento que ensina profissionais a apresentar, vender e proteger seu trabalho criativo, o executivo apontou que quem quiser ganhar mais concorrências por novas contas deve evitar cometer os tais cinco pecados, que aqui traduziremos como despejar o conteúdo, sussurrar a proposta, perder o foco, confiar na telepatia e se autossabotar.
Despejar o conteúdo (blurting) – é quando se joga a ideia na mesa logo de cara, sem uma introdução para contextualizar. É começar dizendo como vai ser a campanha, ou o anúncio, antes mesmo de falar sobre a “dor” que o cliente quer resolver. A pessoa quer tanto vender a ideia que acaba pulando etapas e deixando de explicar por que ela é boa para aquele caso em especial. “Você tem que vender metade do trabalho antes mesmo de apresentá-lo. Dê uma chance de eles acreditarem na ideia antes de vê-la. Isso é uma habilidade tremenda como apresentador.”
Falar sussurrando (ad whispering) – é uma conta simples: se a audiência não consegue ouvir a sua ideia, você tem 100% de chances de ela não emplacar. Nem dá para contar as vezes que bons trabalhos morreram na praia porque quem estava apresentando falava muito devagar, ou muito baixo, resmungava, ficava olhando para baixo ou para um ponto distante. Pior ainda, tem quem fique de costas, lendo o que está escrito na tela de projeção. O apresentador tem que se comportar como se estivesse em um palco. “Não faz diferença se a apresentação é grande ou pequena, o que importa é que é o destino do trabalho que está em jogo.”
Perder o foco (wanderlust) – quanto mais se entra em detalhes supérfluos e contextualizações não essenciais, maior o risco de se “viajar na maionese” e acabar se perdendo no raciocínio. Se, no meio da apresentação, as pessoas começarem a responder mensagens no celular, é sinal que deixaram de se interessar pelo que está sendo mostrado. “Temos que ser bons em simplificar. Não adianta mostrar um slide cheio de informações que ninguém consegue decifrar. Seja organizado e mantenha o foco.”
Confiar na telepatia (telepathy) – é o oposto de “viajar”, mas tão ruim quanto. Se o apresentador deixa de fora informações cruciais para o bom entendimento da proposta, não adianta querer que o cliente deduza ou adivinhe o que não foi dito. Todo o trabalho pode ir para o espaço simplesmente porque quem está ouvindo não conseguiu ligar os pontos que ficaram faltando. Se o cliente tiver que fazer uma série de perguntas para entender a ideia, ele pode chegar à conclusão de que o mesmo vai acontecer com o consumidor. “Nosso negócio é publicidade. Temos que ser capazes de passar uma mensagem em 30 segundos. Você pode saber tudo da campanha, mas, se não comunicar bem, as pessoas simplesmente não vão entender.”
Autossabotagem (impalement) – os clientes gostam de ver as agências brigando por sua conta (ou por um job, que seja), mas um bom apresentador consegue perceber quando a batalha está perdida. Sinais como abanar a cabeça ou demonstrar descontentamento são verdadeiras bandeiras vermelhas a sinalizar que a coisa não vai bem. Daí para querer vender seu peixe a qualquer preço é um passo. “Não tente lidar de igual para igual com o cliente. Ele está em posição de poder, você não. Cuidado para não cair sobre sua própria espada.”
Por fim, Feuerman lembra que, como qualquer músculo, a habilidade de fazer uma boa apresentação também precisa de treinamento. “Você faz apresentações o dia todo – para seu gerente, seu parceiro, seus funcionários... É preciso conhecer sua audiência, saber o que eles precisam para que eles te amem.”
Eliane Pereira
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