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Festival do Clube 2022

Por uma gig economy mais justa

31.10.22

Em meio às denúncias de precarização do trabalho, há esperança: a gig economy pode ser menos desigual, mais diversa e inclusiva. Este foi o tema do painel “Impacto social na gig economy”, que aconteceu na 10ª edição do Festival do Clube de Criação. O debate contou com um grupo eclético de empreendedores: Adriana Barbosa, CEO da Preta Hub, Nohoa Arcanjo, fundadora e growth leader da Creators.llc, Pedro Andrade, sócio do AppJusto, e o mediador Cleber Paradela, CMO da Juntos Energia.

Antes de discutirem o conceito de impacto social, os participantes concordaram que a ideia de gig economy não é nova. “É o bico, como o encanador que a gente sempre contratou”, disse Pedro, que, além do AppJusto, fundou startups como a Musea e a Allya. “São profissionais que a gente não tem necessidade o tempo inteiro”.

Isso é diferente da uberização", ressaltou Adriana Barbosa, nomeada uma das 500 pessoas mais inovadoras da América Latina pela Bloomberg. “Na gig economy, escolho como eu quero trabalhar e para quem eu quero trabalhar”.

Por que a gente não se sente explorando essas pessoas como se sente em um delivery de comida?” perguntou Pedro. “Porque a gente não impõe o preço de um encanador e porque você não rouba as ferramentas de trabalho dele”, respondeu. O AppJusto, do qual o desenvolvedor foi um dos fundadores, é um delivery de comida que vem combater a precarização do trabalho através de acordos mais justos entre o aplicativo, restaurantes e entregadores.

No universo das redes sociais e da comunicação, a gig economy se reflete nos criadores de conteúdo, os creators, cada vez mais valorizados pelas grandes empresas. Para Nohoa, “a gente vê os creators sendo um suporte para as grandes empresas, para uma comunicação nichada. Eles são canais, mídia, criativos, produtora”.

São muitas demandas, e precisam se profissionalizar. “Tem gente que foi dormir e acordou creator porque um vídeo viralizou. Essa pessoa precisa de um dia para o outro virar empresa, entender de contrato, financeiro, etc”, explicou Nohoa. A Creators.llc é uma plataforma automatizada para profissionalizar a gestão e facilitar o dia a dia desse público.

Em um país com 56% da população preta e parda, é impossível falar de gig economy sem falar de afroempreendedorismo. “O pessoal preto já funciona na lógica da gig economy há muito tempo. A maioria por vulnerabilidade e necessidade. Temos de ressignificar esse lugar”, disse Adriana.

A empreendedora se preocupa em como a desigualdade atravessa esses processos de emancipação. “A gente traz o processo de desigualdade mesmo em áreas disruptivas. Metaverso para quem? Blockchain para quem? As novas tecnologias só vão funcionar quando todo mundo estiver participando.

Vivemos uma segunda onda. Antes era táxi versus uber” resumiu Cleber. “Agora é uma revisão do nano e uma gig economy mais justa.”

Maíra Carvalho

Confira a programação do Festival aqui.

Leia todas sobre o Festival do Clube aqui.

Serviço:

10º Festival do Clube de Criação

Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google, Santeria e Tik Tok.

Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Africa, Alice Filmes, Apro + Som, Barry Company, Broders, Cerveja Avós, Draftline, Clube da Voz, Grupo de Atendimento e Negócios, Jamute, KraftHeinz. Landscape, Modernista, Mugshot, MyMama, Nescafé Dolce Gusto ,Not So Impossible, O2, Paranoid, Piloto, Publicis, S de Samba, Sentimental Filme, Shutterstock, TBWA Media Arts Lab, Untitled, Uol, Vetor Zero, WMcCann e Zohar.

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