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Identidade indígena: rompimento de estereótipos
A 10ª edição do Festival do Clube de Criação promoveu o painel "Povos Originários: Desconstruindo a Invisibilidade", reunindo o cantor e compositor Edivan Fulni-ô e a rapper, ativista e criadora de conteúdo Katú Mirim. A conversa teve a mediação da jornalista e roteirista Renata Tupinambá, cofundadora da Rádio Yandê e fundadora do podcast Originárias.
O tema principal do debate foi a geração de protagonismo na diversidade e a constituição de uma comunicação capaz de recusar os padrões que limitam as expressões identitárias dos povos originários. O trio discutiu também a inserção social dos indígenas no contexto da cultura urbana.
Segundo Renata, é fundamental sublinhar que há cerca de 300 povos indígenas no Brasil, com fenótipos variados, vivendo em diferentes contextos sociais. “É preciso eliminar o estereótipo do indígena, que nos identifica apenas com as características daqueles que vivem em aldeias na Amazônia”, afirmou. “Na verdade, há uma enorme diversidade entre nós, especialmente no campo das manifestações artísticas”.
Edvan Fulni-ô nasceu no agreste de Pernambuco, mas foi criado em uma aldeia Pataxó no Sul da Bahia. É técnico em agropecuária e está se graduando em Engenharia Agronômica. “Cheguei a viver na Europa, realizei vários percursos e essa experiência me levou a entender melhor a minha ancestralidade”, afirmou. “Devido ao racismo, demorei a me aceitar enquanto indígena”.
Segundo ele, o mundo da música tem sido uma escola para esse aprendizado. “Ajuda a entender o processo colonial sobre nossos corpos, em especial sobre os nordestinos indígenas”, afirmou. “Essa minha vivência artística em São Paulo criou várias oportunidades para a compreensão da diversidade, como no meu caso, pois não tenho a aparência do indígena que foi construída no imaginário comum”.
A artista Katú Mirim nasceu na periferia de São Paulo e atua como rapper desde 2016. Sua música fala do genocídio dos povos originários e do preconceito histórico contra as comunidades indígenas. “Para mim, várias portas foram fechadas, por ser indígena, mulher, LGBT e periférica”, disse. “Então, preciso superar uma série de obstáculos para fazer minha arte”. Katu salientou que é necessário recontar a gênese do Brasil. “Cabral não chegou aqui de boa nem se instalou aqui com a nossa autorização”, lembrou. “Minha música ajuda a educar também os não-indígenas sobre a verdadeira história do nosso país”.
Confira a programação do Festival aqui.
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Serviço:
10º Festival do Clube de Criação
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