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Símbolos de opressão na cidade: o que fazer?
Em sua 11ª edição, o Festival do Clube de Criação, que acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro, no Memorial da América Latina, direciona seus holofotes para uma questão polêmica: a manutenção ou retirada de símbolos no espaço urbano que exaltam padrões do conservadorismo ou que atingem grupos que sofreram violências ao longo da história do país. O tema será discutido na mesa “Cartões postais da opressão”, que será no sábado 23, às 16h45, na sala Congressistas.
No painel estarão Deborah Neves, historiadora e pesquisadora da Unifesp; Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo (USP); e Luiz Antônio Dias, professor de história da PUC-SP. A mediação do encontro está a cargo da educadora popular Cássia Caneco, pesquisadora do Instituto Pólis, cogestora do Espaço de Artes Pretas e mutirante do Movimento Sem Terra Leste.
Movimentos recentes têm questionado o significado de algumas obras que se tornaram referências de uma cidade, até mesmo cartões postais. Entram nessa discussão, inclusive, lugares cujas histórias se buscam apagar.
Deborah acaba de realizar um trabalho de arqueologia forense nos antigos pavilhões do DOI-Codi, na rua Tutoia, em São Paulo. Nessa instalação, amplamente utilizada pelos aparelhos de repressão da Ditadura Militar (1964 – 1985), foram assassinados dezenas de opositores do regime.
A pesquisa recuperou, por exemplo, inscrições nos banheiros do complexo, nas quais se documentou o suplício do cárcere. “Existe uma reificação dos monumentos estabelecidos, de modo que é preciso questionar o que realmente significam para a história”, explica Deborah.
Giselle é uma das coordenadoras do projeto Demonumenta, que propõe um debate aberto sobre a colonialidade presente em monumentos, arquiteturas e acervos públicos. “Pretendo falar sobre como a arte cria imaginários dissidentes ao confrontar políticas do esquecimento e estéticas da memória da violência”, antecipa.
Já Luiz Antônio deve tratar dos recortes territoriais da Zona Sul de São Paulo, com destaque para o panorama do rap, tratando do binômio opressão e resistência. Ele ressalta que os corpos negros constituem um exemplo de extrapolação da medida geográfica.
“Quando o jovem negro da Zona Sul atravessa a ponte sobre o rio Pinheiros, ele traz consigo a sua territorialidade. Ou seja, continua negro e sujeito à opressão”, pontua.
Antecedentes
O debate internacional sobre as mídias permanentes de culto à opressão se intensificou em 2020, após o assassinato do músico George Floyd Jr., em Minneapolis (EUA). Durante a onda de protestos populares, estabeleceu-se uma prática ativa de demonumentação por ação direta.
Em Richmond, na Virginia, por exemplo, manifestantes derrubaram a estátua de Jefferson Davis, presidente dos Estados Confederados. Na mesma cidade, em seguida, as autoridades retiraram do espaço público uma escultura do general Robert E. Lee, que lutou pela secessão do sul escravista durante a Guerra Civil Americana.
No Brasil, no ano seguinte, gerou polêmica o ataque do grupo Revolução Periférica à estátua de Borba Gato (1649 – 1718), obra de Julio Guerra inaugurada em 1963. Os militantes afirmaram que o bandeirante é uma referência da colonização violenta, que se caracterizou pela escravização de indígenas e negros.
Veja a programação (quase completa) do Festival do Clube 2023.
Serviço:
11º Festival do Clube de Criação
Patrocinadora premium: JCDecaux.
Patrocínio master (ordem alfabética): Globo, Google e Santeria.
Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Adludio, Antfood, At Five Gin, Barry Company, Broders, Canja Audio, Cervejas Avós, Cine, Droga5, Halley Sound, Kraft Heinz, Lucha Libre Audio, Mr. Pink Music, MugShot, My Mama, NÓS - Inteligência e Inovação Social, O2 Filmes, Paranoid, Piloto TV, Publicis Groupe, Spotify, Surreal Hotel Arts, Tribbo, Unblock Coffee, UOL, Warriors e WMcCann.
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