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Eddie Opara e o impacto da Identidade Visual Regenerativa
O designer britânico Eddie Opara, um dos sócios do estúdio Pentagram, no escritório de Nova York, levou para o palco do Festival do Clube de Criação 2023, realizado no Memorial da América Latina, um de seus trabalhos mais recentes que mostram como o design é uma oportunidade de fazer uma revisão de narrativas, recuperando elementos que foram perdidos ou até esquecidos.
A Pentagram é uma das maiores consultorias de design independentes do mundo. O estúdio é conhecido por sua abordagem única, sendo operado por 24 parceiros, cada um líder em seu campo de atuação. Essa estrutura colaborativa proporciona um ambiente propício à inovação, onde diferentes perspectivas e especialidades se unem para criar projetos notáveis.
Eddie Opara é um desses líderes na Pentagram, trazendo consigo uma vasta experiência em design gráfico e estratégia. Ele tem formação em design gráfico pelo London College of Printing e um MFA pela Yale University (leia mais a seu respeito aqui).
No painel "Regenerative Narrative(s)”, Opara contou como criou uma nova identidade visual para o Joslyn Art Museum, localizado em Omaha, Nebraska (EUA). Para o projeto, foi desenvolvida uma família tipográfica exclusiva. O time que comandou realizou também outras mudanças visuais com a função de refletir, ao mesmo tempo, a rica história e a visão futurista do museu.
O britânico radicado em NY falou ainda da influência do design na nossa sociedade e como ele pode desempenhar um papel vital na celebração da diversidade, na regeneração de instituições culturais e na promoção de um futuro mais inclusivo. Para Opara "o design é mais do que estética; é uma expressão da nossa cultura e uma ponte para o futuro."
A nova identidade visual do Joslyn Art Museum é um exemplo dessa conexão. Inaugurada em 1931, a instituição foi criada por iniciativa de Sarah H. Joslyn, em memória de seu marido, o empresário George A. Joslyn. O museu, projetado pelo arquiteto Alfred Patinko, é conhecido por sua arquitetura única e coleções diversificadas de arte, tornando-se um ícone cultural em Omaha e em todo o meio-oeste dos Estados Unidos.
Transformação
Criar a nova identidade visual do museu trazia o desafio de projetar algo que não apenas homenageasse o passado da instituição, mas também o impulsionasse para o futuro. Para isso, Opara desenvolveu um sistema de fontes que reflete as várias facetas da casa, desde sua coleção eclética até sua localização no coração dos Estados Unidos. Essa fonte, chamada Rodas, não inclui letras minúsculas, uma escolha deliberada para destacar a importância do "todo" em vez das partes individuais. As letras contemplam ainda as linhas arquitetônicas do museu.
Regeneração
O termo "regeneração" desempenha um papel central nessa transformação. A narrativa regenerativa visa trazer de volta elementos que foram perdidos, esquecidos ou que nunca existiram, revitalizando e renovando a identidade da instituição. Essa abordagem não se limita apenas à criação da fonte, mas permeia todos os aspectos do design.
A comunidade de Omaha desempenhou um papel fundamental na evolução da identidade visual do museu. Opara e sua equipe procuraram incorporar as vozes e as histórias dos moradores da região, alinhando a instituição com os valores e as identidades dos residentes de Omaha. Isso resultou em um sistema de fontes versátil e dinâmico, que é aplicado em vários contextos e se adapta à diversidade de culturas que compõem a comunidade local.
Futuro
A revitalização do Museu Joslyn Art é um projeto em andamento, com planos de continuidade e evolução constante. De acordo com Opara, a nova identidade visual é um testemunho da capacidade do design de criar uma narrativa única que transcende o tempo e os espaços, conectando o passado e o futuro. A nova identidade visual será aplicada em todas as manifestações da instituição, desde a parte institucional até os produtos da marca.
À medida que o projeto continua a se desenvolver, espera-se que a identidade revitalizada do espaço atraia mais visitantes locais e de outras partes do mundo, mantendo o museu como um farol de arte e cultura.
Segundo Opara, a revitalização é uma homenagem à rica história do museu e também uma declaração de que a arte e a cultura têm um lugar de destaque em nossa sociedade, independentemente de sua localização. Por outro lado, como disse o designer britânico, "a geografia é um fator importante”.
Fernanda Beirão
11º Festival do Clube de Criação
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