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Festas populares e marcas, uma conexão que só cresce
O calendário brasileiro é repleto de festas populares. As mais tradicionais chegam a movimentar multidões e chamam cada vez mais atenção por conteúdos multiplicados na mídia, da televisiva às redes sociais. O Festival do Clube de Criação 2023 reuniu especialistas e criativos no painel "Carnaval, Parintins, São João: as marcas agora querem virar arroz de festa" para dar foco a tais eventos e mostrar a crescente aproximação de empresas anunciantes em torno das grandes festas, reconhecendo seu valor cultural e econômico.
À medida que essas celebrações continuam a evoluir, as marcas têm participado cada vez mais ativamente dessas datas. A oportunidade de desempenhar um papel fundamental na preservação da cultura local, no estímulo à economia e na construção de relacionamentos mais autênticos com os consumidores desperta o interesse dos anunciantes. Com isso, a conexão entre as empresas patrocinadoras e as festas populares dá mostras de ser uma estratégia importante tanto para as marcas e quanto para a preservação do patrimônio cultural brasileiro.
"O Brasil é um caldeirão de festas populares ricas em cultura e história. Ao nos aproximarmos dessas celebrações, não apenas homenageamos nossas raízes, mas também abrimos portas para novas conexões com o público", afirmou Adriano Marchini, gerente de marketing do Bradesco, que está há 20 anos no Festival Folclórico de Parintins e que, apenas no Carnaval 2023, patrocinou o Galo da Madrugada (Recife), o Nosso Camarote Bradesco (na Sapucaí, no Rio) e o Bradesco Pier, junto com blocos e trios, em Salvador.
Ao falar sobre o Carnaval, a festa mais popular do Brasil, o jornalista Fábio Fabato, um estudioso do tema, apontou a aproximação entre marcas e festividades nacionais. "O Carnaval é uma expressão única de identidade brasileira. As marcas estão começando a entender que, ao apoiar e participar dessas festas, podem se tornar parte integrante dessa narrativa cultural", explicou.
No painel, foi apresentado um case da campanha da cerveja Brahma que investiu pesado em levar seu nome, para além dos camarotes da Sapucaí, mas também para os carnavais das ruas do Rio de Janeiro.
Jair Costa de Almeida, coordenador do Teatro do Liceu de Parintins e do Festival Folclórico de Parintins (AM), destacou que Parintins é um exemplo de como as festas populares evoluem com o tempo. “O Festival Folclórico é um hino à cultura local e as marcas que o apoiam estão contribuindo para sua continuidade", disse.
Do ponto de vista das marcas, Katielle Haffner, gerente sênior de ESG da Coca-Cola Brasil, lembrou que estar nesses eventos é muito mais que fazer marketing e vender produto durantes os dias de festejo. "As marcas têm uma responsabilidade social e ambiental. Ao se envolverem em festas populares, podem apoiar comunidades locais e causas sustentáveis, enquanto fortalecem sua presença", comentou.
Katielle apresentou um vídeo sobre o compromisso da Coca-Cola em impactar positivamente as comunidades onde atua, caso do projeto "Empreenda Como uma Mulher". Ele capacitou mulheres em Parintins e contribuiu para o desenvolvimento econômico da região. A Coca-Cola apoia o Festival de Parintins há 27 anos.
A maranhense Thaynara OG, influenciadora, apresentadora e criadora do São João da Thay, contou sua experiência de organizar um evento a partir de uma festa que já existe, o São João. Seu projeto nasceu de uma ideia modesta em 2017, mas cresceu com o apoio de patrocinadores, reunindo atualmente mais de 10 mil pessoas. Thay queria um festival aberto ao público com o objetivo de mostrar ao mundo as riquezas culturais do Maranhão.
"As festas populares estão vivas nas redes sociais e no coração das pessoas. Como criadora de conteúdo, meu objetivo é compartilhar a autenticidade do São João e mostrar como as marcas podem se integrar organicamente a essa experiência", completou.
Neste ano, o São João da Thaya, que demandou investimentos da ordem de R$ 5 milhões, teve entre suas atrações Ivete Sangalo, Léo Santana e Alcione. Entre os patrocinadores estiveram marcas como Garoto, Quero, Riachuelo, Guaraná Jesus, Comfort, Kwai e Devassa. Parte do que se arrecada com a festa vai para o Unicef, algo definido desde a origem do evento.
Rômulo Carminate, diretor de criação e conteúdo da Dream Factory, que atuou como mediador do painel, comentou que estamos vivendo um momento empolgante em que as marcas estão reconhecendo o valor das festas populares brasileiras. “Elas não apenas celebram nossa diversidade, mas também impulsionam economias locais e criam conexões genuínas com o público. É um casamento promissor entre tradição e inovação”, defendeu.
Fernanda Beirão
11º Festival do Clube de Criação
Patrocinadora premium: JCDecaux.
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Patrocínio/apoio (ordem alfabética): Adludio, Ama, Antfood, Apro+Som, At Five Gin, Barry Company, Broders, Canal Market, Canja Audio, Cervejas Avós, Cine, Droga5, Halley Sound, Kraft Heinz, Lucha Libre Áudio, Memorial da América Latina, Mr Pink Music, Monkey-land, Mugshot, My Mama, Nós - Inteligência e Inovação Social, O2 Filmes, Paranoid, Piloto TV, Publicis Groupe, Spotify, Surreal Hotel Arts, Tribbo, Unblock Coffee, UOL, Vati, Warriors VFX e WMcCann.