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Festival do Clube 2024

Neil Redding: IA, spatial computing e o futuro da criatividade

20.09.24

Autor de livros e consultor que acompanha os movimentos de convergência dos mundos físico e digital há décadas, e presença constante em eventos como o SXSW, o estadunidense Neil Redding não se apresenta como um “futurista”, o profissional que estuda como as tecnologias emergentes vão moldar a vida humana e nossa sociedade. O termo que usa para sua atuação é “near futurist”, que indica sua preocupação com os impactos de avanços como inteligência artificial e spatial computing para os negócios de hoje. Em suas próprias palavras, ele gosta de conectar o que é prático com o que é possível.

Futurista do que está logo ali”, Neil estará na 12ª edição do Festival do Clube de Criação, que acontecerá nos dias 12 e 13 de outubro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, com uma palestra feita especialmente para o evento: “Orchestrating Reality: AI, Spatial Computing and the Near Future of Creativity”.

A IA já virou um tema recorrente em conversas do mercado. Spatial computing, por sua vez, é o conjunto de tecnologias que mistura realidade física com mundo digital para promover interações entre humanos e máquinas que vão muito além da telas de PCs ou celulares. VR e AR são exemplos.

O painel de Redding, que será no sábado (12), às 19h20, irá mostrar que esses dois conceitos estão “construindo um tsunami de mudanças”. Essa onda gigante, segundo o “near futurist”, impactará profundamente todas as marcas. Em suas palavras, a convergência irá desbloquear um novo modo criativo: a orquestração da realidade da marca com o uso de tecnologia e tendo os consumidores como participantes.

As marcas usam VR e AR há muitos anos. Essas formas de spatial computing permitiram incríveis experiências de marca, jogos imersivos e mundos de marca, caças ao tesouro pelo celular e narrativas baseadas em personagens, todos os tipos de coisas. Mas os próximos anos trarão possibilidades ainda mais surpreendentes, à medida que a IA tornar possível gerar objetos digitais 3D que podem tanto povoar mundos imersivos como aparecer no nosso ambiente físico”, afirmou Redding ao Clubeonline. “E as marcas se beneficiarão da interatividade em todos os espaços que visitamos, vivemos, brincamos e trabalhamos todos os dias”, completou.

Para ele, a criatividade tradicional não é suficiente para lidar com o futuro que chega de forma rápida. “Já entramos na era de cocriação com IA, com o ChatGPT e outros modelos de machine learning fazendo parte da vida das pessoas e ajudando a pensar e explorar ideias, sejam elas visuais ou escritas. A tecnologia tem sido uma grande parceira da criatividade”, disse Redding recentemente ao podcast Thinking On Paper.

Segundo ele, a comunidade criativa precisa começar a pensar e refletir sobre o passo que vai conectar essa cocriação de hoje com um mundo com sistemas que atuam, a partir de um direcional, de modo automático, autônomo e com iniciativa própria, algo que não está tão distante, como salientou Redding.

Parte dos criativos não vê com bons olhos a IA por entender que ela pode roubar empregos. Entre as produtoras, há quem esteja preocupado com a Gen AI que já pode produzir vídeos. De todo modo, alguns líderes da indústria recebem a tecnologia com mais otimismo, mas sem deixar a cautela, como David Droga, que já declarou que a IA irá separar os bons criativos dos medíocres.

Já Redding demonstra que a relação da criatividade com tecnologia será mais baseada na busca pelo convívio do que pelos temores. “Nosso trabalho como criativos sempre foi surpreender e encantar – o que exige fazer o inesperado, coisas que façam as pessoas falarem. A Gen AI representa um grande acelerador para a ideação, para a exploração do território criativo, e para nos levar a pensar fora das nossas próprias caixas. Aconselho os profissionais a fazerem o que sempre fazemos com novas ferramentas e métodos: usá-los, entendê-los, desafia-los e obrigá-los a fazer coisas para as quais não foram projetados. É isso que produz os resultados mais surpreendentes e os mais criativos. E o mais importante: não tema a tecnologia. Em última análise, a IA é apenas outro tipo de participante no processo criativo”, resumiu.

Um dos temas mais impactantes de suas palestras é, de fato, o tsunami trazido pela integração da inteligência artificial e a spatial computing para o futuro próximo das marcas. Na prática, é um mundo em que humanos e robôs podem interagir no mundo real, transformando o hábito de compra das pessoas. Ele fala de experiências imersivas que impactam diversas indústrias - do setor automotivo ao entretenimento.

Para Redding, todo esse avanço representa um “turning point” na história dos negócios. Ele promete abordar, no Festival do Clube, ferramentas e mindsets para a cocriação desse futuro. “Minha apresentação será filosófica, provocativa, imaginativa, até um pouco estranha — e a minha intenção é oferecer novas formas de compreender as realidades em que vivemos e criamos com o nosso trabalho. Todos nós entendemos o enorme poder da narrativa para criar a realidade - e exploraremos como a convergência da IA mais a computação espacial torna possível cocriar novas realidades das quais todos podemos participar, abrindo possibilidades de potencial criativo para todos nós”.

Vale ressaltar que Redding tem experiência com o mercado criativo. Antes de fundar sua consultoria, a Redding Futures, ele teve passagem por empresas do setor de comunicação, seja publicidade, design ou tecnologia, como Mediacom, Proximity/BBDO, Gensler, ThoughtWorks e Lab49. Por isso, ele carrega consigo a questão das tecnologias de forma prática e aplicada às necessidades de hoje das marcas. Atualmente, trabalha com clientes como Visa, Nike, Cadillac, Macy´s, NBA, Verizon, TED, The Economist, MoMA, Converse, Morgan Stanley, Apple, Oracle, Financial Times e Fidelity Investments.

Felipe Turlão

Confira a programação completa da 12ª edição do Festival do Clube de Criação aqui.

Este ano, temos os seguintes patrocinadores e apoiadores:

Patrocínio Premium (ordem alfabética): GloboRecôncavo Company.

Patrocínio Master: Santeria.

Patrocínio (ordem alfabética): Barry Company, Café Royal, Halley Sound, Heineken, Jamute, Landscape, Lew’Lara\TBWA, Modernista, Mr. Pink Music, MugShot, MyMama Entertainment, Nós – Inteligência e inovação social, O2, Paranoid, Piloto, Purpple, União Brasileira de Compositores, Unblock Coffee e We.

Apoio (ordem alfabética): Artmont, Antfood, Audioink, Canal markket, Canja Audio Culture, Carbono Sound Lab, Ellah Filmes, Fuzzr, Mercuria, Monkey-land, Pachamama, Pródigo Filmes, Punch Audio, Sailor Studio, Soko (Droga5 São Paulo), Sondery, Tribbo, Uol e Vox Haus.

Sem estas empresas, NÃO haveria Festival.

Para você não esquecer: Já está à venda o ÚLTIMO LOTE de ingressos. Por conta do sucesso alcançado no ano anterior, neste lote adicionamos o Ingresso Solidário. Aproveite 15% de desconto em troca de 1kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue no dia do evento. Adquira o seu por meio da plataforma Sympla. Garanta sua participação o quanto antes, clicando aqui. Agências, produtoras, anunciantes comprem também seu lote de ingressos o quanto antes: temos pacotes com 5% de desconto para cinco ingressos, 10% para 10 ou 15% de desconto para 15 ingressos, entre em contato com o Clube pelo e-mail clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou mensagem para o WhatsApp do Clube: 11 - 93704-2881.

Interessados em patrocinar o evento procurem o washington@clubedecriacao.com.br

Serviço:

12º Festival do Clube de Criação - 12 e 13 de outubro - sábado e domingo - das 8h30 às 22h

Ingressos estão à venda na plataforma da Sympla (aqui). Garanta o seu.

Dúvidas ou desejo de se associar? clubedecriacao@clubedecriacao.com.br ou Whatsapp do Clube: 11 - 93704-2881

Endereço Memorial: Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda

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