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Funk ostentação / Marcas desejadas

F.biz assina estudo sobre o "Rolezinho"

24.01.14


Na tentativa de entender o fenômeno social do "rolezinho", pela ótica do consumo, e de destrinchar o assunto que virou pauta no Brasil e no mundo nos últimos tempos, o time de planejamento da F.biz realizou estudo que mergulhou nessa realidade.



A equipe envolvida participou dos "rolezinhos", além de acompanhar as matérias na imprensa e as comunidades envolvidas cpm o assunto nas redes socias.



"Acompanhar esses fenômenos culturais é fundamental para entender os "Brasis" em que vivemos. Esse é um país múltiplo, que só se digere por partes", comenta Fernando Diniz, Head de Planejamento e Social Media da agência.



Segundo apurado pela F.biz, o "rolezinho" não é uma tentativa de ocupar espaços elitizados, com pretensão de destaque social, nem uma expressão de um discurso político, seja de direita ou de esquerda. Para os jovens da periferia, diz o estudo, o "rolezinho" tem objetivos simples, como encontrar os amigos, paquerar, ouvir funk e tomar um lanche. Tudo isso embalado pelo uso de marcas e muita ostentação.



A F.biz analisa que o passeio no shopping nunca esteve vinculado a determinada classe social ou região e sempre foi eleito pelos jovens como um "ponto de encontro". O que mudou, então? A internet e o funk ostentação, segundo o estudo, chegaram para lotar o "rolezinho". A internet, diz a pesquisa, é uma importante ferramenta, tanto para juntar pessoas quanto para divulgar o "funk ostentação". Nesse cenário, MCs e 'celebridades' da internet passam a promover os encontros de fãs, dando origem aos "rolezinhos" de grandes proporções.



O "funk ostentação" faz referência a bens de consumo relacionados à aparência e ao estilo de seus artistas, observa o estudo. Roupas de grife, bebidas finas e carros de luxo são usados nas letras para criar uma imagem de poder. Influenciado por esse cenário musical, o "rolezinho" também faz parte do fenômeno da ostentação. Nele, é preciso vestir o que há de melhor para atrair olhares e provocar inveja. Na busca pelo status, os meninos são os mais empenhados em ostentar, ainda de acordo com o levantamento.



Hoje, mobilizar o maior número de pessoas do espaço virtual para o espaço físico é um sinônimo de popularidade para os organizadores. 



Outro dado apurado pela agência dá conta de que máquinas fotográficas e smartphones são itens obrigatórios no "rolezinho". O conteúdo por eles gerado alimenta os perfis dos frequentadores nas redes sociais, reforçando seu estilo de vida e consumo. Hiperconectados, os jovens frequentadores investem tempo em redes como Instagram, Facebook e YouTube. Afinal, números grandiosos de "likes", amigos e visualizações são sinônimo de prestígio.



O desejo desses consumidores se volta para os produtos reconhecidamente caros e cujos modelos são facilmente identificáveis, segundo o estudo. O foco desse tipo de consumo está no valor do produto em si, e não em sua funcionalidade. 



O consumo é tão intrínseco ao comportamento desses jovens, que os organizadores dos "rolezinhos" adotaram o espaço como primeira opção para a realização dos eventos. Nesse momento, o local é tanto um ambiente de consumo quanto uma vitrine para a autoexpressão desse grupo. 



Esses jovens têm dinheiro disponível para gastar com aparência e beleza e estão dispostos a consumir sem pensar no amanhã. Salários inteiros são usados em uma compra, que pode ser comparada a valores gastos pela classe A em um dia no shopping. Parcelado ou à vista, o importante é adquirir o produto original das marcas mais cobiçadas. 



A agência também detectou que, contrariando a lógica de target, marcas desenvolvidas com o ideal de luxo dialogam ? e muito bem ? com o pessoal do "rolezinho"



Confira abaixo quais as 13 marcas e produtos mais usados e amados por essa galera:



- Abercrombie & Fitch



- Hollister California



- Victoria's Secret



- Chandon



- Adidas



- Lacoste



- Oakley



- John John



- Apple



- Hyundai



- Johnnie Walker



- Melissa



- Quiksilver


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