Fusão

Os conselhos da Fiat Chrysler e do grupo PSA, controlador das marcas Peugeot e Citroën, anunciaram nesta quarta-feira (18) ter aprovado acordo de fusão, que vinha sendo aventado desde outubro (leia aqui). Com o acerto, forma-se a quarta maior montadora do mundo em número de vendas. O negócio está avaliado em US$ 50 bilhões.

As duas companhias somam 8,7 milhões de veículos vendidos no ano passado. De acordo com a consultoria LMC Automotive, entrevistada pela Reuters, a nova fabricante tem potencial instalado para produzir 14 milhões de unidades.

Os acionistas da Fiat e da Peugeot terão 50% cada da nova empresa. Carlos Tavares, presidente do PSA Groupe, será o CEO da montadora, que ainda precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores dos EUA e da Europa. John Elkann, presidente da Fiat Chrysler e ligado à família Agnelli (Fiat), presidirá o novo conselho de administração.

Sem nome definido até o momento, a companhia resultante da fusão reunirá as marcas da Fiat Chrysler (Dodge, Ram, Jeep e Alfa Romeo) com Peugeot, Citroën, Opel e Vauxhall.

De acordo com comunicado, o negócio permitirá à fabricante lidar com os desafios da indústria, que vão da desaceleração global da demanda à necessidade de desenvolver modelos mais adequados para as regras antipoluição. Além disso, o mercado vive transformações que colocam grandes questões para o futuro como os carros autônomos.

No comunicado, Tavares declara que a fusão é “uma enorme oportunidade de assumir uma posição mais forte na indústria automobilística, pois buscamos dominar a transição para um mundo de mobilidade limpa, segura e sustentável e oferecer aos nossos clientes produtos, tecnologia e serviços de classe mundial”.

Em junho, fracassou um acordo que a FCA tentou estabelecer com a Renault, que seguia moldes semelhantes aos fechados com a Peugeot.