Guerra na Ucrânia

O Publicis Groupe acaba de anunciar que está interrompendo todas as suas operações e investimentos na Rússia, em resposta à guerra não provocada na Ucrânia.

A rede de publicidade francesa cedeu a propriedade de suas agências na Rússia, que incluem Starcom, Zenith e Leo Burnett, para o presidente fundador da holding no país, Sergey Koptev. O executivo está assumindo o negócio com a condição contratual de “garantir um futuro” para os 1,2 mil funcionários do grupo, segundo o CEO Arthur Sadoun.

Nesta segunda-feira (14), o Interpublic Group of Companies (IPG) também comunicou que encerraria suas operações comerciais na Rússia.

A holding informa deixará suas três redes criativas russas com dinheiro suficiente em seus balanços para pagar os funcionários pelos próximos seis meses, no mínimo. O grupo também trabalhará com equipes locais para fazer a transição de clientes na região.

O IPG informa que esperava inicialmente manter o apoio a seus quase 200 funcionários no país, mas o CEO do IPG, Philippe Krakowsky, disse que "a trajetória do conflito está aumentando e a guerra pode continuar por algum tempo".

A decisão do IPG e do Publicis Groupe de deixar a Rússia segue a do WPP, que suspendeu as operações no país em 4 de março, leia aqui, e a da Accenture, que tomou a mesma decisão na semana passada, aqui.

O Festival Internacional de Criatividade de Cannes também anunciou recentemente que agências e anunciantes russos não seriam mais elegíveis a disputar troféus em 2022 e os delegados dessa nacionalidade não poderiam participar do evento (leia aqui). Na semana passada, o londrino D&AD comunicou que também não está mais aceitando inscrições da Rússia no D&AD Awards e New Blood Awards deste ano, por conta da invasão à Ucrânia (aqui).

Festivais de cinema europeus barraram delegações russas, leia anterior sobre o assunto aqui.

Semana passada, McDonald's e Starbucks anunciaram que irão suspender suas operações no país (leia aqui). Diversas outras marcas decidiram deixar de oferecer serviços, anunciaram medidas restritivas em relação ao país, ou o fim de suas operações locais, como a Apple, Nike, Ikea, Microsoft, Oracle, Sap, Intel, H&M, Dell e BMW. Unilever, Coca-Cola e Pepsi engrossaram a lista.

As operadoras de cartões de crédito American Express, Visa e Mastercard comunicaram a suspensão de seus serviços na Rússia, aqui. A plataforma focada na publicação de vídeos curtos TikTok anunciou no último dia 6 a suspensão de transmissões ao vivo no país, aqui.