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Estudo aponta motivos para brasileiros acompanharem influenciadores
A plataforma Gente, área de insights da Globosat, irá publicar nesta quarta-feira, 18, o estudo #Hashtag Seguidores, que analisa o comportamento de brasileiros que acompanham influenciadores. Junto, será lançado o episódio “Seguidores e Influenciadores” no podcast da plataforma. Um dos objetivos do trabalho, que poderá ser acessado em https://gente.globosat.com.br, foi entender os motivos que levam o público a seguir alguma personalidade da web e avaliar a extensão desse hábito.
De acordo com o estudo, 56 milhões de brasileiros que usam a rede social acompanham o dia a dia de outras pessoas. Foram ouvidas mais de 1200 internautas de todo o país, entre 14 e 55 anos. “Constatamos que 84% seguem influenciadores digitais”, afirma, em comunicado, Julianna Queiróz, sócia da Diário de Campo Pesquisa, que responde pela pesquisa.
Tamanho movimento demanda um olhar mais aprofundado sobre os comportamentos do público nas redes. "É de grande importância analisar o impacto que isso traz para a sociedade e como modifica as relações interpessoais. A Plataforma Gente, que tem como missão ir a fundo nos hábitos dos brasileiros e disseminar informação, não poderia ficar distante desse tema tão atual e importante”, declara Mariana Novaes, gerente de marketing corporativo da Globosat.
O trabalho foi dividido em três momentos: “Vício e Prazer”, “Motivos para Seguir” e “Dois polos e um eixo”. “Nesse estudo mostramos as motivações por trás desse hábito de seguir e como isso influencia a vida das pessoas”, reforça Renata Del Caro, outra sócia da Diário de Campo.
A primeira parte analisa quanto os usuários acessam o Instagram. Para a maioria, acompanhar a vida dos influenciadores é distração. Para 43%, no entanto, o costume é um vício. “Esse número é ainda maior considerando que alguns não se dão conta de como o hábito de seguir está instalado no dia-a-dia”, alerta Julianna.
Por que seguir?
Os pesquisadores agruparam as razões para se seguir influenciadores. Os motivos relacionados no bloco “Primeiro Eu” mostram que as pessoas buscam quem contribua para suas vidas. O que importa para os seguidores é receber algo valioso e sem precisar dar nada em troca.
Em “Do Jeito que eu quero”, o estudo indica que os seguidores se sentem livres e desimpedidos no relacionamento com influenciadores. Por essa razão, acompanham o cotidiano de personalidades. “Seguidores experimentam uma sensação de controle, já que podem decidir o que querem consumir, quando e como será feito”, diz Renata.
A última motivação é evitar a sensação de solidão (“Nunca estarei sozinho”). A possibilidade de acompanhar a vida dos influenciadores de perto faz com que os seguidores se encaixem no papel dos amigos. De acordo com o conteúdo publicado, uma em cada cinco pessoas chega a considerar alguns influenciadores mais próximos do que amigos da vida off-line.
Novas amizades e laços frágeis
Na parte do trabalho chamado “Dois polos e um eixo”, os pesquisadores detectaram que, ao mesmo tempo em que acompanhar o cotidiano dos outros traz prazer (satisfazendo o desejo de bisbilhotar a vida alheia), seguidores enxergam a oportunidade de ter novas experiências, como se os influenciadores abrissem uma janela para o mundo.
O que se verifica, como aprendizado final, é um novo conceito de amizade, quase unilateral, onde se busca do outro lado da tela uma companhia disponível, que possa ser acessada a qualquer hora. Isso sem que se tenha de dar nada em troca, o que evidencia, segundo os pesquisadores, uma fragilidade nos laços humanos atualmente.
O podcast vai debater os resultados do estudo com Bia Granja, fundadora da YouPix, Henrique Dias, diretor de planejamento estratégico da Box 1824 (que trabalha com tendências e comportamentos), e Julianna Queiróz. A moderação é de Juliana Wallauer, do podcast Mamilos, que faz a curadoria dos programas da plataforma Gente.