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Innovation Lions 2016

Innovation tem foco diferente do Cannes Lions

23.06.16

Dos 9 prêmios de Innovation Lions, este ano - 1 Grand Prix (veja aqui) e 8 Leões (lembrando que a categoria não define cor de metal), apenas 4 são de agências de comunicação. E isso está longe de ser coincidência. Uma delas, a Circ Medtech Hod Hashron, de Israel, que criou o Prepex, é uma organização social com fins lucrativos. Uma empresa focada em negócios, mas que pensa em soluções para problemas sociais. O produto? Non-surgical male circumcision device for HIV prevention. Pois é, isso é Innovation em Cannes.

"Pensar sobre inovação é difícil. Não é apenas pensar em invenções, no que é completamente novo. É olhar para o que está fazendo as coisas e a vida serem melhores. Avaliar desenvolvimento, implementação, o que está sendo mudado e melhorado", disse o australiano que presidiu o júri de Innovation, Emad Tahtouh, da Finch. Ele é diretor de tecnologia aplicada.

"O júri era composto por pessoas de áreas diversas, cada uma com sua experiência e trazendo um ponto de vista diferente, o que, somado, formava uma visão muito mais completa e nova do que olhar apenas propaganda", disse Fred Saldanha, português que representava o Brasil, indicado para o júri quando estava na Isobar. Recentemente, ele se mudou para a Huge de New York.

Segundo os jurados, o que realmente define o resultado de Innovation é a apresentação (defesa) ao vivo, no Palais que traz detalhes que os videocases não conseguem mostrar. Também por permitir que eles tirem dúvidas sobre aplicabilidade, usabilidade e outras questões.

Edible Six Pack Rings, da We Believers de NY para Saltwater Brewery, que disputou GP, teria perdido pontos por ter uma aplicabilidade cara. Os jurados sentiram falta de uma solução para garantir que a ideia pudesse ser implementada e, assim, transformar a realidade.

Entre os vencedores de Innovation (que você encontra abaixo), muitos são cases completamente fora do mercado da propaganda e não foram divulgados com a intenção de impactar os jurados antes do festival.

"O Grand Prix é Inteligência Artificial. Tema em discussão no mundo como futuro, mas que já está acontecendo. Uma realidade transformadora que vai deixar nossas vidas diferentes em pouco tempo", diz Fred Saldanha, que completa "esse case nos prova que as máquinas já são capazes de aprender com os humanos e com elas mesmas. De pensar sozinhas".

Em um dos destaques do AlphaGo, vencedor do GP, do Google DeepMind, a máquina usou criatividade para realizar uma jogada que foi aplaudida por especialistas que acompanhavam a disputa entre robô e humano, em tempo real, considerada uma das mais brilhantes já vistas. Outra curiosidade é que a máquina se desestabilizou, quase que como se manifestasse uma emoção, quando o jogador humano fez uma jogada incrível. "É assustador e impressionante ao mesmo tempo", diz Fred Saldanha.

Conheça abaixo todos os vencedores da categoria.

GRAND PRIX:

Google Deepmind Alphago, do Google Deepmind de Londres para Google Deepmind.

INNOVATION LIONS:

Jukedeck | Artificially-Intelligent Music Composer, da Jukedeck de Londres para Jukedeck

Prepex, da Circ Medtech Hod Hasharon para Non-surgical Male Circumcision device for HIV Prevention

The Mill Blackbird, da The Mill de Londres para Blackbird

Dot. The first Braille Smartwatch, da Serviceplan de Munique para Dot Incorporation

The next Rembrandt - JWT Amsterdam - ING

Landcruiser Emergency Network - Saatchi & Saatchi Sidney - Toyota Motor Corporation Australia

Edible Six Pack Rings - We Believers New York  - Saltwater Brewery

The field trip to Mars - McCann New York  - Lockheed Martin

Esta é a única categoria que define o shortlist antes do festival começar. A lista teve 39 trabalhos este ano, apenas 1 do Brasil: Emoti Sounds da Artplan, com produção sonora da Sonido, para TIM Live. Veja quais eram os finalistas aqui,

Leia tudo no #ClubeinCannes.

 

Innovation Lions 2016

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