Internacional

A greve dos roteiristas de Hollywood começou há menos de uma semana mas já crescem os temores de que, se ela se prolongar, poderá afetar a publicidade na televisão.

A publicidade na TV, que movimenta US$ 70 bilhões por ano nos EUA, ainda é vista como a melhor maneira de promover marcas e produtos, apesar do interesse crescente pela publicidade em mídias digitais, como  internet, celulares e videogames.

Uma greve prolongada de roteiristas poderá provocar mudanças significativas. Sem programas novos na TV, é provável que a audiência diminua, e, quando os espectadores procurarem diversão em outro lugar, os anunciantes provavelmente vão segui-los.

"Não sei quanto tempo vai levar, mas os espectadores vão começar a migrar para outros lugares. E nós, como anunciantes, temos que segui-los", disse Lisa Herdman, vice-presidente de programação de redes de TV da agência RPA. "Depois, se vamos retornar ou não à TV é outra questão."

Especialistas dizem que a greve não poderia ter acontecido em um momento pior para a televisão, tendo em vista a concorrência que ela enfrenta da web, iPods e todos os tipos de mídia digital, que disputam seu público e seus anunciantes.

O Sindicato dos Roteiristas da América entrou em greve em 5 de novembro, após o colapso das negociações com estúdios de cinema e televisão.

Os roteiristas reivindicam uma parcela maior da receita oriunda da exibição de seus trabalhos na internet, vista como canal de distribuição-chave para a maior parte do entretenimento no futuro.

Com informações da Agência Estado.

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