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GM sai da concordata
Após sua reorganização, a General Motors valerá entre US$ 63,1 bilhões e US$ 73,1 bilhões, de acordo com Robert Gerber, juiz que supervisiona o caso da montadora norte-americana no Tribunal de Falências.
Ás 13 horas de Brasília, desta quinta-feira, 9, foi encerrado o período para consideração de protestos contra a venda dos ativos "bons" da companhia para a nova entidade controlada pelo governo dos EUA.
A GM deverá fazer um anúncio sobre sua saída da concordata nesta sexta-feira, 10.
O juiz informou o valor da Nova GM em um documento no qual rejeitou apelações que tentavam bloquear a venda dos ativos da montadora para a entidade controlada pelo governo.
A Nova GM vai assumir US$ 48,4 bilhões em obrigações da antiga companhia, observou Gerber no documento. O juiz também afirmou que a nova montadora vai fornecer aos credores não segurados da velha companhia ações e garantias no valor de US$ 7,4 bilhões a US$ 9,8 bilhões - mais do que os credores provavelmente receberiam se a GM fosse liquidada.
Gerber forneceu as informações ao explicar porque a venda dos ativos, aprovada por ele no último domingo, era o melhor resultado possível para os credores. Aqueles que protestaram contra a venda podem levar suas queixas ao Tribunal Distrital dos EUA, mas Gerber afirmou que não vai permitir que as apelações impeçam que a venda dos ativos seja fechada nesta semana.
O presidente-executivo da General Motors, Fritz Henderson, anunciou nesta sexta-feira que a companhia está saindo da concordata em um processo muito mais rápido do que se podia imaginar. Segundo ele, a nova GM será muito mais rápida e mais responsiva aos consumidores que a antiga empresa.
Henderson afirmou que a companhia vai se concentrar agora mais nos clientes, o que inclui uma parceria com o site eBay para que as pessoas comprem veículos pela internet. Ainda de acordo com ele, a montadora vai construir mais carros e caminhões que os consumidores querem e lançá-los mais rápido que antigamente.
A montadora norte-americana anunciou em comunicado o lançamento de uma Nova GM, criada a partir de seus "ativos mais sólidos" e com uma nova estrutura corporativa. "A Nova General Motors começa suas operações ....com o renovado compromisso de fazer dos clientes o centro de qualquer coisa que a Nova GM faça", diz a empresa em nota assinada por Henderson.
De acordo com a nota, o Departamento do Tesouro dos EUA ficará com 60,8% da nova companhia, o agente fiduciário dos benefícios médicos dos aposentados do sindicato United Auto Workers (UAW) com 17,5% e os governos do Canadá e Ontário, com 11,7%. A velha GM ficará com 10% da Nova GM. Henderson prevê que a nova companhia "se torne pública no ano que vem" e que "pague os empréstimos tomados do governo o mais rápido possível". "Temos até 2015 para pagar os empréstimos, mas nosso objetivo é pagá-los muito antes", disse na nota.
A nova GM é lançada com um balanço mais forte, disse Henderson, incluindo a dívida com o governo dos EUA de aproximadamente US$ 11 bilhões, que exclui US$ 9 bilhões em ações preferenciais. No total, as obrigações foram reduzidas em mais de US$ 40 bilhões, compostas na maioria por dívida sem garantia e pelo fundo fiduciário VEBA, que concede benefícios médicos a aposentados do UAW. As subsidiárias da GM fora dos Estados Unidos foram adquiridas pela nova companhia e devem continuar operando normalmente, diz a nota.
As informações são da Dow Jones e do Estadão.