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Marcas podem conquistar confiança em meio à pandemia
A Ipsos realizou um levantamento para identificar os maiores aprendizados que as marcas podem absorver em meio à pandemia do coronavírus.
Segundo a empresa de pesquisa, é necessário que a empresa anunciante se "faça presente" na vida do consumidor. "A ideia de esperar a tempestade passar – com discrição e sem gerar grandes impactos – pode até parecer tentadora, mas o surto da Covid-19 é uma janela de oportunidade única para que as marcas se façam presentes nas vidas das pessoas em um período de relativa ansiedade, construindo, assim, um vínculo de confiança para o futuro", aponta o instituto.
As marcas podem fortalecer o relacionamento com os consumidores ao oferecer "informações apuradas sobre o que está acontecendo e criando ações que gerem impacto positivo". A empresa cita um exemplo do Reino Unido: a empresa de cosméticos Lush convidou pessoas a entrarem em suas lojas para lavar as mãos.
O instituto alerta também sobre a necessidade de que a marca "mostre empatia e solidariedade". A grife Louis Vuitton, por exemplo, publicou a seguinte mensagem aos consumidores chineses nas redes sociais: "Every paused journey will eventually restart. Louis Vuitton hopes you and your beloved ones stay safe and healthy".
As companhias também devem se "adaptar a novas rotinas" que foram impostas com a pandemia. "As marcas devem ter um novo olhar para ajudar as pessoas a fazer bom uso do tempo gasto dentro de seus lares, impulsionando a internalização de novos hábitos e ajudando-as a se sentir produtivas e confortáveis diante da nova rotina", aconselha a Ipsos.
Na China, a venda de automóveis pela internet aumentou nas primeiras semanas de crise com o coronavírus, mesmo com a queda das vendas físicas. Até os museus mais renomados do mundo lançam experiências virtuais para exibições de arte, observa a Ipsos. Por isso é tão importante que a marca "acorde para o mundo virtual". A expectativa é a de que os serviços ofertados das mais diversas áreas migrem para o digital.
As marcas também devem "reconhecer as novas normas sociais", de acordo com a Ipsos, observando que, quando as pessoas experimentam novos comportamentos, se sentem, em geral, deslocadas ou constrangidas. "Esse sentimento de marginalização pode ser uma barreira para a mudança de comportamentos. Por isso, as marcas devem dar o exemplo. Se as pessoas sentem que os outros também estão reproduzindo tal hábito, elas ficam muito mais propensas a mantê-lo".
A Ipsos destaca ainda que a história traz evidências de que as marcas podem crescer em "tempos angustiantes". E cita que Netflix, Lego, Amazon e Domino's expandiram durante o período de recessão do fim dos anos 2000, por meio de investimento, inovação, atendimento ao cliente, modelos de preços alternativos e transparência em suas comunicações.
"Enquanto muitos de seus concorrentes pararam de se comunicar ou se ativeram ao modelo antigo de negócio, essas marcas trilharam um caminho árduo, porém bem-sucedido, para conquistar consumidores e entregar valor, em tempos de fluidez e mudanças comportamentais", pondera a Ipsos.