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Italo Ferreira é campeão mundial e marcas comemoram
O Brasil tem seu terceiro campeão mundial de surfe. O potiguar Italo Ferreira conquistou o título da temporada 2019 do campeonato da World Surf League (WSL) no Havaí na quinta-feira (19). Com isso, entra para a galeria dos campeões do esporte que já tem Gabriel Medina (vencedor em 2018 e 2014) e Adriano de Souza, o Mineirinho (vitorioso em 2015).
Patrocinado pelas marcas Billabong, Ford, Oi e Oakley, Italo disputava o título com Medina, o também brasileiro Filipe Toledo, o sul-africano Jordy Smith e o norte-americano Kolohe Andino. Depois da disputa de algumas baterias, a decisão ficou entre o potiguar e o campeão da temporada 2018. Ao final, Italo superou Medina por 15,56 a 12,94, fazendo festa nas areias de Pipeline.
“Eu não acredito. Era o meu sonho, lutei minha vida toda por isso. Dedico para minha avó e meu tio que morreram faz pouco tempo”, afirmou, aos prantos, Italo, o primeiro nordestino a ser campeão mundial de surfe. Ele celebrou também o resultado de Medina, demonstrando o crescimento do esporte entre os brasileiros. “O Gabriel é um grande competidor. Parabéns para ele que brigou até o fim. É incrível isso estar acontecendo”, continuou.
A final confirmou a presença dos dois brasileiros nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020, quando o surfe faz sua estreia. Ou seja, abre-se com isso uma boa oportunidade de o Brasil disputar medalhas nos Jogos. O título de Italo e outros resultados de surfistas nacionais mostram a força da Brazilian Storm, como essa geração vem sendo chamada. Nos últimos seis anos, o país foi campeão em quatro edições do campeonato da WSL - as outras duas foram vencidas pelo havaiano John John Florence.
De fato, o surfe do Brasil nunca esteve em um momento tão bom como este. Nesta temporada do Championship Tour da WSL, dos 34 surfistas que disputaram a categoria principal masculina, 12 eram brasileiros. Três ficaram entre os quatro melhores do mundo: Italo, Gabriel Medina (vice-campeão) e Filipe Toledo (quarto lugar no ranking).
Em 2019, a gaúcha Tatiana Weston-Web foi a sétima colocada no campeonato mundial feminino e a cearense Silvana Lima, a oitava. As duas estão classificadas para os Jogos de Tóquio. Nos últimos dias de novembro, o catarinense Lucas Vicente sagrou-se campeão mundial na categoria Pró Júnior da World Surf League.
Interesse das marcas
“A vitória do Lucas indica ótimas perspectivas para o surfe nacional. O esporte terá perenidade no futuro”, considera Ivan Martinho, CEO da WSL para a América Latina. Ele associa o efeito Brazilian Storm e o boom do esporte no país a um aumento significativo do interesse das marcas em relação ao surfe e seu universo, o que fez dobrarem os investimentos de marketing em patrocínios à modalidade. “O trabalho é contar para as empresas qual é o nosso posicionamento e trazer marcas que tenham os mesmos preceitos que os nossos, inclusive os dos compromissos com sustentabilidade, qualidade de vida e igualdade de gêneros”, declara, em comunicado.
Segundo a WSL, na América Latina, em 2019 a audiência nas mídias que transmitem os torneios subiu 30% em relação aos anos anteriores. Além disso, a liga tem conquistado espaço no Brasil com eventos de outras categorias realizados em regiões como Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco.
Em 2020, a WSL pretende expandir esse território, explorando mais regiões brasileiras. A liga informa que o Brasil registra o recorde mundial de público na praia para acompanhar uma etapa do campeonato. Foi em 2015, no Rio Pro, na Barra da Tijuca, quando cerca de 50 mil pessoas estiveram na areia por dia de competição.