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Fim do processo de recuperação judicial do Grupo Abril
A Justiça decretou o encerramento do processo de recuperação judicial do Grupo Abril, que teve início em agosto de 2018, quando a empresa declarou ter acumulado R$ 1,6 bilhão em dívidas.
Segundo informações da Folha de S.Paulo, a sentença de encerramento dá conta de que, até setembro de 2021, a totalidade dos créditos em dólares e 99,4% dos valores em reais tinham sido pagos.
No entanto, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, escreveu na sentença que "o encerramento da recuperação judicial não é condicionado ao julgamento das habilitações ou impugnações judiciais nem à consolidação do quadro geral de credores".
Se algum termo do plano de recuperação seja descumprido, os credores poderão pedir a falência do grupo na Justiça ou a execução da dívida. Porém, credores que não tenham se habilitado não poderão mais entrar no plano de renegociação de dívidas, com o encerramento do processo.
Como parte do plano de recuperação judicial, o prédio que abrigava a Editora Abril, na Marginal Tietê, na capital paulista, foi leiloado em maio do no ano passado, leia aqui. A empresa encerrou a operação da sua gráfica em janeiro de 2021, aqui.
O Grupo Abril entrou com processo de recuperação judicial em agosto de 2018, leia aqui. Poucos dias antes, a editora havia comunicado o fim das revistas Boa Forma, Bebe.com.br, Casa Claudia, Casacor, Casa.com.br, Cosmopolitan, Elle, Mundo Estranho, Veja Rio, Arquitetura & Construção e Minha Casa, aqui.
O plano de recuperação judicial foi aprovado pelos credores do Grupo Abril - ex-funcionários, bancos, prestadores de serviço editorial e demais fornecedores - em agosto de 2019, aqui.
O processo já previa a venda do prédio da sede da Abril e de imóveis em Campos do Jordão (que somam 750 mil m²), além do leilão da marca Exame, leia aqui.
Leia a matéria da Folha de S.Paulo na íntegra, aqui.