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Brasileiro diminui consumo de não-duráveis e mercado responde lançando produtos como nunca
Um novo estudo da Kantar Worldpanel, apresentado nesta semana pelo presidente da empresa, Marcos Calliari, destaca que o crescimento do consumo de bens não duráveis no Brasil, nos últimos 5 anos, esteve diretamente ligado ao aumento da renda dos consumidores. Segundo o levantamento, desde 2009 após o início da crise econômica mundial e com o avanço econômico brasileiro , a proporção de gastos com este grupo (chamado de FMCG, na sigla em inglês) cresceu constantemente, enquanto despesas fixas e outros gastos permaneceram estáveis ou caíram.
Agora, porém, os brasileiros começaram a abrir mão de alguns gastos para poder equilibrar suas contas. Entre os itens principais escolhidos para esta redução estão fumo, festas e eventos, lazer, saúde, educação, alimentação e bebida fora do lar, além de serviços pessoais. A opção pela alimetação dentro de casa virou tendência.
O aumento da renda média dos últimos anos gerou, porém, novas prioridades de compra e sofisticação a diversos consumidores. Com isso, produtos que antes não estavam no carrinho de compra do brasileiro médio passaram a ganhar relevância, como creme de leite, extrato de tomate, maionese, cereais, absorvente higiênico e leite em pó, entre outros. Entretanto, o consumidor tornou-se mais racional em suas compras, o que envolve menos idas ao ponto de venda e a compra de mais itens por viagem.
Pudemos observar uma forma de consumo peculiar nos últimos anos. Até 2013, o consumidor vinha em uma escala de ascensão que foi feita da seguinte forma: acesso a novas categorias; 'premiunização' buscando praticidade e sofisticação; e diversificação de canais e embalagens, avaliando custo/benefício. Já em 2014, o consumidor passou a reduzir a frequência de compra para equilibrar o seu orçamento, abandonou algumas categorias e realizou trade off para manter suas conquistas, explica Calliari.
De acordo com o estudo da Kantar, os lares reduziram em média sete visitas ao ponto de venda nos últimos cinco anos. Já o volume médio de compras por viagem teve aumento de 17% no período.
Atualmente, as incertezas do cenário nacional impactam diretamente os brasileiros. Segundo o levantamento Consumer Watch 2014, 44% dos consumidores estão preocupados com o aumento dos preços e da inflação.
A inovação é a principal tentativa das marcas para reverter esse cenário. A quantidade de lançamentos de produtos no Brasil, por exemplo, superou a média global em 2012 e, no ano passado, o país ficou em 7º lugar no Ranking Global de Lançamentos da Kantar Worldpanel.