Língua de Gato

O Grupo CRM informa que irá recorrer na Justiça sobre os diretos sobre a marca Língua de Gato, da Kopenhagen, depois que uma decisão da juíza Laura Bastos Carvalho, da 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro, derrubou a exclusividade da companhia sobre o produto.

A ação foi proposta pela AllShow Empreendimentos e Participações Ltda, uma das controladoras da Cacau Show. A juíza considerou que a expressão "língua de gato" é de uso comum para chocolates com formato "oblongo e achatado". A magistrada também considerou que a Kopenhagen não havia comprovado a "distintividade" da sua marca.

A AllShow argumentou no processo que "língua de gato" é uma expressão derivada de um termo em alemão, criada em 1892.

O Grupo CRM, dono da marca Kopenhagen, enviou comunicado sobre o assunto nesta quinta-feira (4), destacando que "o registro (da marca Língua de Gato) no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) segue válido e permanece sob a propriedade da empresa".

O Grupo ressalta ainda que a decisão foi proferida em primeira instância "e não tem qualquer efeito imediato que invalide ou suspenda os direitos marcários dos produtos comercializados pela Kopenhagen", acrescentando que irá recorrer da decisão.

No processo, irá apresentar "o histórico da marca, as medidas protetivas adotadas ao longo dos anos e, ainda, o próprio posicionamento do INPI reconhecendo os direitos de propriedade intelectual da empresa. Vale enfatizar que tais direitos referem-se ao uso do nome Língua de Gato para fins comerciais e identificação do produto pela Kopenhagen".