Lucro de R$ 838 mi em 2023

A Globo Comunicação e Participações (GCP) divulgou nesta quinta-feira, 28, o relatório financeiro de 2023. A receita líquida foi de R$ 15,1 bilhões, montante que tinha sido antecipado por Paulo Marinho, diretor-presidente da companhia, em entrevista ao Valor no início do mês. O balanço revelou que o lucro líquido foi de R$ 838,7 milhões, fruto de todos os negócios da GCP. Ou seja, as TVs aberta e fechada, o Globoplay, as empresas na web (como G1 e GE) e outras propriedades de mídia, como a Eletromídia.

Comparado com o relatório divulgado no ano passado, sobre o exercício de 2022, o lucro é 33% menor. Isso porque o resultado daquele ano (R$ 1,2 bilhão) foi impactado por ganhos não recorrentes, caso da venda da Som Livre.

O caixa da GCP estava em R$ 14,2 bilhões em dezembro. Em 2023, a Globo adquiriu 27% da Eletromídia, em um negócio de cerca de R$ 600 milhões, segundo reportagem do Valor sobre o resultado financeiro da Globo, publicada nesta quinta.

De acordo com o jornal - que faz parte da Editora Globo, empresa do Grupo Globo -, da receita obtida pela GCP, 63% corresponderam à publicidade e 37% ao conteúdo. O que varia em relação à proporção tradicional, que é de 60% e 40%, respectivamente. O montante advindo da publicidade aumentou 2% em 2023. A receita relativa a conteúdo, porém, recuou 6%, índice influenciado pela queda na TV paga.

Lançado em outubro de 2015, o Globoplay, por sua vez, superou 3 bilhões de horas consumidas no ano na plataforma, uma variação de 20% sobre os dados de 2022.

No Upfront 2024, evento da Globo que comunica “o que vem por aí” para marcas e agências - e que foi realizado em outubro passado -, Paulo Marinho comentou que o Globoplay é a plataforma de vídeo online com maior tempo médio de consumo diário em TVs do Brasil (reveja aqui). O serviço de streaming é uma das apostas da empresa para atrair a atenção do público para as transmissões dos Jogos Olímpicos de Paris, que serão disputados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. O Globoplay terá 45 sinais ao vivo dedicados às Olimpíadas.

Para 2024, na entrevista ao Valor, Marinho contou que a empresa está investindo mais no setor de marketing de influência. A proposta é transformar a Globo em uma agenciadora de talentos, garantindo mais uma fonte de receita para a companhia. Entre eles estão os apresentadores Tadeu Schmidt e Maria Beltrão.

A GCP faz parte do Grupo Globo (Organizações Globo Participações S.A). Este é composto também pelas empresas  Editora Globo, Sistema Globo de Rádio e Globo Ventures. O grupo é ainda mantenedor da Fundação Roberto Marinho.