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Marketing Esportivo

Clubes brasileiros agora suportam assédio europeu

01.09.11

A permanência do atacante Neymar no Santos, o maior nome em atuação no futebol brasileiro, após o fechamento de mais uma janela de transferência na Europa na quarta-feira, 31, é sintoma da nova realidade vivida pelos clubes do país, na opinião de observadores que acompanham o mercado esportivo.


Um câmbio mais favorável, com o fortalecimento do real, a crise financeira global que atingiu mais os países europeus do que o Brasil e o fortalecimento das ações de marketing por parte dos clubes brasileiros são apontados como os principais fatores para a mudança.


Pela primeira vez em muito tempo, os clubes brasileiros dão sinais de que conseguem levantar recursos suficientes para suportar o assédio europeu e manter seus principais jogadores no país por mais tempo. Além de Neymar, o meia Paulo Henrique Ganso (Santos), o meia-atacante Lucas (São Paulo) e o atacante Leandro Damião (Internacional) são outros exemplos do que pode ser uma nova tendência.


"Até 2007, quando um clube via uma proposta de 20 milhões de euros, isso correspondia a algo próximo de R$ 60 milhões. Hoje os mesmos 20 milhões de euros representam R$ 30 milhões, R$ 35 milhões", diz Amir Somoggi, diretor da empresa de consultoria BDO RCS.


Por isso, a venda de jogadores ao exterior vem se tornando cada vez menos atraente. Desde 2007, observa-se uma diminuição da fatia representada pela negociação de atletas na receita dos clubes.


Um estudo da BDO aponta que, naquele ano, as transferências representaram 37% do volume de renda gerado pelos clubes brasileiros. O número caiu para 28% em 2008, 19% em 2009 e 15% em 2010.


"Em 2007, o mercado brasileiro ganhou R$ 603 milhões com a venda de jogadores e em 2010 apenas R$ 328 milhões, quase a metade", diz Somoggi.


Leia matéria do Estadão na íntegra aqui.


 

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