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Melhores do Ano

Taylor Swift e Sam Altman entre os eleitos da Time

07.12.23

Os editores responsáveis pela tradicional lista de Melhores do Ano da revista Time elegeram Taylor Swift como a Pessoa do Ano. A cantora, que esteve recentemente no Brasil, com a “The Eras Tour”, turnê abalada pela morte da fã Ana Clara Benevides, regravou neste ano alguns de seus álbuns já que os direitos das obras tinham sido comprados em 2019 pelo empresário Scooter Braun. E rodou o mundo para celebrar sua carreira, uma jornada com projeção de faturar mais de US$ 1 bilhão.

Na lista da Time, o título de CEO do Ano ficou com Sam Altman, que foi demitido de seu posto e, pouco depois, recontratado para a mesma função: comandar a OpenAI, dona do ChatGPT e do Dall-E. Foi uma reviravolta que parece saída de um roteiro de cinema (reveja aqui como se deram os acontecimentos).

Também foram nomeados Lionel Messi como Atleta do Ano e a artista não-binária Alex Newell, ganhadora de um Tony Awards em junho passado, como Avanço do Ano.

Sobre Taylor, a revista afirma que “é difícil ver a história quando você está no meio dela”. E é ainda mais difícil distinguir hoje o impacto da cantora na cultura. Diz também que “algo incomum está acontecendo” com Taylor, algo sem precedentes contemporâneos. Ela utiliza o poder dos meios de comunicação, dos tradicionais aos mais novos, para criar uma narrativa em que a música “é apenas uma peça”.

Prova disso é que o registro de sua turnê virou um documentário exibido nos cinemas. A produção rendeu uma bilheteria de US$ 93 milhões em seu final de semana de estreia nos EUA.

Mas nem tudo foram flores para a cantora. Sua passagem pelo Brasil, apesar de muita aguardada, ficou marcada pela tragédia. “The Eras Tour” provocou aqui filas longas e pernoites dos fãs em busca de um bom lugar para vê-la. A morte de Ana Clara, no Rio de Janeiro, aconteceu em meio a uma série de absurdos: sob um calor de 39,1°C, o estádio Nilton Santos foi cercado por tapumes, dificultando a circulação de ar, e garrafas de água não puderam ser levadas pelo público (dentro, eram vendidas a até R$ 10). O show do dia seguinte foi adiado.

Por dias, enquanto sua turnê acontecia no país, a falta de palavras da cantora sobre a morte de Ana Clara foi recebida como frieza e isso deixou parte dos brasileiros indignada. Mas no último dia, a família da jovem esteve no show, a convite da cantora.

Na Time, a passagem pelo Rio é mencionada em um trecho que narra como a artista se desdobra para fazer shows, mesmo que esteja com dores, estressada ou com o coração partido. Para Taylor, isso faz parte de sua identidade. A revista, então, conta que uma onda de calor no Rio causou caos durante a temporada da artista em novembro, pois uma fã, Ana Clara, desmaiou durante o show e depois morreu. Taylor passou um tempo com a família de Ana Clara.

Quanto a Altman, a Time lembra que sua demissão (decidida pelo board da companhia, que depois foi praticamente desfeito) e seu retorno aconteceram pouco antes do primeiro aniversário do ChatGPT,o produto tecnológico mais rapidamente adotado de todos os tempos”. À revista, Altman comentou que, para muitas pessoas, 2023 foi “o ano em que começaram a levar a IA a sério”.

A OpenAI nasceu como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos dedicado à construção de inteligência artificial para o benefício da humanidade. Agora é um negócio de US$ 80 bilhões. Não é à toa que Altman emergiu, nas palavras da Time, “como um dos executivos mais poderosos e venerados do mundo, o rosto público e principal profeta de uma revolução tecnológica”.

Nesta semana, o jornal The New York Times publicou uma reportagem fazendo um “Quem é quem” desta fase mais moderna da IA. O diário faz uma seleção de pesquisadores, executivos do mercado de tecnologia e investidores que trabalharam por mais de uma década para nutrir a inteligência artificial como a vemos hoje.

O primeiro nome é justamente o de Sam Altman. Depois estão personalidades como Bill Gates (fundador da Microsoft), Reid Hoffman (fundador do LinkedIn e integrante de um grupo de investidores que aportou US$ 1 bilhão na OpenAI), Elon Musk, Satya Nadella (CEO da Microsoft), Larry Page (cofundador do Goole) e Mark Zuckerberg (cofundador da Meta). As companhias de Altman nessa lista dizem tudo.

Melhores do Ano

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