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Publicidade teria gerado atrito com governo federal
O blog de Merval Pereira, de O Globo, afirmou no domingo 21 que o Conselho de Administração da Petrobras resiste à mudança no comando da Petrobras. O presidente Jair Bolsonaro anunciou na sexta-feira 19 que Roberto Castello Branco, que preside a estatal há pouco mais de dois anos, deixará o cargo, sendo substituído pelo general Joaquim Silva e Luna, que é diretor-geral da Itaipu Binacional desde janeiro de 2019.
Em reunião com o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, os conselheiros questionaram os motivos para a mudança e se o governo federal pretende interferir na política de preços, segundo Merval. Ele teria garantido que nada mudaria nesse sentido.
De acordo com o blog, os conselheiros estão preocupados com possíveis efeitos sobre contratos e acordos já firmados no país e no exterior. Além disso, teriam dito ao ministro que decisões que não tiverem embasamento técnico poderão ser barradas no Conselho.
Fora o preço dos combustíveis, Roberto Castello Branco vinha enfrentando problemas no relacionamento com o Palácio do Planalto, apontou Merval. Um deles estaria relacionado à compra de mídia. Segundo o blog, o presidente da Petrobras (Castello Branco tem mandato até 20 de março de 2021) havia recusado um pedido do governo para colocar R$ 100 milhões em publicidade na Record e no SBT, de Silvio Santos.
Outro ponto de conflito teria sido a decisão de não participar de um grupo de empresas que compraria vacinas para serem utilizadas em companhias privadas (a metade seria para o SUS). Ainda de acordo com Merval, Castello Branco teria sido instado a aderir à proposta, mas ele não aceitou.
Na manhã desta segunda-feira, 23, as ações da Petrobras sofreram queda na Bolsa: papéis preferenciais com prioridade na distribuição de dividendos caíram 17,64% por volta das 11h. E ações ordinárias com direito a voto em assembleia tiveram perda de 18,52%.