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Nota de falecimento

Glória Maria

02.02.23

Primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no “Jornal Nacional” e um dos ícones da imprensa brasileira, Glória Maria morreu no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira, 02. Casa da profissional desde 1971, a TV Globo informou: “É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”.

Um comunicado da emissora conta que Glória recebeu em 2019 um diagnóstico de câncer de pulmão, que foi “tratado com sucesso com imunoterapia”. Posteriormente, descobriu-se metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, também com êxito no início.

A nota prossegue: “Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias.

Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais. Glória deixa duas filhas, Laura e Maria”.

Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, Glória Maria Matta da Silva estudou em colégios públicos, o que não a impediu de construir uma sólida carreira na TV. Mulher negra, a jornalista carioca tem momentos muito marcantes na história da imprensa, tendo se tornado referência.

Sua passagem como apresentadora do “Fantástico (entre 1998 e 2007) foi uma das mais emblemáticas da revista eletrônica. Na Globo, passou ainda por programas como “Globo Repórter”, “Jornal Hoje” e “RJTV.

No “Bom Dia Rio” foi a responsável pela primeira reportagem do matinal, exibida há 40 anos: falava sobre a febre das corridas de rua. E no "Jornal Nacional", a primeira entrada ao vivo, em 1977, foi para mostrar o movimento de saída de carros no Rio, para aproveitar o final de semana.

Mais de 100 países foram visitados por Glória para diversas reportagens. Fez coberturas como a Guerra das Malvinas (1982) e a Copa do Mundo da França (1998). Em 2007, ela realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, para o “Fantástico”.

Parte de sua história - e inclusive os episódios de racismo e preconceito que enfrentou -, Glória compartilhou com o público em uma edição do “Roda Viva”, da TV Cultura, em março do ano passado (veja abaixo), e no podcast “Mano a Mano”, de Mano Brown, no Spotify, em dezembro de 2021 (ouça aqui).

Com informações do G1,

Nota de falecimento

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