Nova agência

A Invent, empresa de live marketing, e a FHolding, mantenedora da Central Única das Favelas (CUFA), anunciam o lançamento da iNFavela, agência de live marketing do Grupo PPG.

Com um orçamento de R$ 2 milhões previsto para 2015, a iNFavela chega ao mercado com o objetivo de aproximar as grandes empresas dos consumidores das comunidades menos favorecidas economicamente e ajudá-las a entender esse mercado.

Com sede no Rio de Janeiro, a iNFavela terá presença também em São Paulo, Brasília e Salvador. Inicialmente, a agência possui 25 funcionários, 75% deles são pessoas das próprias comunidades onde o empreendimento atuará.

Ao longo do ano de 2014, a iNFavela ofereceu treinamento e trabalho aos moradores dessas regiões. Além disso, a agência iniciou trabalhos para AmBev, Grupo Light e Avante. A meta é trabalhar para uma carteira de cinco a sete clientes em 2015.

Segundo informa a nova empresa, atualmente, as favelas movimentam cerca de R$ 64,5 bilhões por ano (fonte: "Radiografia das Favelas Brasileiras", do Instituto Data Favela, 2013), capital semelhante ao PIB de Paraguai e Bolívia juntos.

“A proposta é atuar no território de periferias e favelas de todo o Brasil. Vamos fazer com que marcas que não tenham acesso a esses locais passem a ter, de maneira planejada e eficiente. Durante muito tempo chamávamos esses lugares de comunidades carentes, mas de carente eles não têm nada. Esses locais têm uma economia pulsante, que precisa ser estimulada de forma responsável, é claro”, afirma Sandro Ferreira, presidente da Invent e da iNFavela.

Para Celso Athayde, fundador da Cufa e presidente da FHolding, a iNFavela chega para solucionar tanto o problema das empresas quanto dos consumidores que moram nas favelas. “Estudamos o comportamento dos moradores das favelas e percebemos que existe uma lacuna grande entre os interesses e as necessidades dessas pessoas e a oferta das grandes empresas. Isso acontece porque até hoje a comunicação voltada a essa população foi muito pouco explorada. Com a iNFavela, vamos aproximar essas empresas deste público e trazer benefícios para os dois lados”, argumenta Athayde.

Valéria Campos