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O azul clássico de Pantone

Entendendo o significado da cor de 2020

20.12.19

Classic Blue. Azul clássico. Essa é a cor de 2020 apontada por Pantone. É costume da marca indicar, dias antes de se virar a última folha do calendário, qual será o tom do ano seguinte. A cor foi adotada por grandes empresas de tecnologia, como a IBM, mas jovens companhias do mundo digital seguiram caminhos diferentes. Snapchat e Pinterest, por exemplo, optaram por alternativas mais ousadas.

Para Pantone, vivemos uma época em que é preciso ter fé e confiança. E isso se expressa no azul clássico (Pantone 19-4052), que a marca define como cor sólida e confiável. Um porto seguro. “Pantone 19-4052 Classic Blue nos incentiva a olhar além do óbvio e, assim, expandir nosso pensamento”, declarou Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute (leia mais aqui).

Há mais coisas, porém, que podem ser ditas a respeito da definição do azul clássico. Em artigo para a Adweek, Brendán Murphy, sócio da Lippincott, consultoria especializada em branding e inovação, aborda o significado dessa escolha e indica oportunidades para quem quiser explorar mais sobre cores. Confira trechos do texto (na íntegra, aqui):

Azul, a cor favorita do mundo, está associada a uma série de atributos: confiança e confiabilidade, inovação e criatividade, segurança e serenidade, inteligência - a lista continua.

Embora pareça ser uma pouco comum escolha segura para cor do ano, no atual cenário de incerteza sociopolítica, o azul apresenta uma narrativa forte, firme e tranquilizadora. Como denominador comum de algumas das maiores empresas de tecnologia que surgiram no milênio, o azul foi usado no design de marcas para romper o status quo e estabelecer a nova economia digital.”

Olhar sobre o passado

Em uniformes policiais e jeans, o azul é uma cor de utilidade que indica confiança institucional e progresso seguro e medido. Da Ford ao ‘Big Blue’ da IBM e da Blue Cross Blue Shield (companhias de seguro de saúde) à AT&T, o azul define o tom do estabelecimento confiável.”

Então, quando os disruptores da tecnologia entraram em cena (Facebook, Salesforce, Skype), o uso de cores tradicionais parecia uma opção interessante. (...) Talvez o azul refletisse a lógica de uma cultura de engenharia ou fosse símbolo de um pensamento cristalino como um céu azul. Nesta era, em que o sucesso dessas startups era uma incerteza, uma cor universalmente apreciada e confiável certamente deixaria os investidores à vontade.”

Entrantes

Com a explosão de novos participantes no mercado, a cor se torna, em geral, uma maneira de se destacar na multidão, sinalizando um conjunto diferenciado de serviços ou de valores (isso cada vez mais). Vimos isso com o estabelecimento de empresas como Google e Microsoft, quando elas adotaram uma mistura de cores brilhantes, mas convencionais, para que a paleta de logos e materiais se destacasse do legado azul das IBMs e AT&Ts. Marcas mais recentes, como Jet e Lyft, estão agora indo além dos seguros tons primários, optando por serem disruptivas com roxos, pinks e combinações de cores vibrantes.

Continuaremos vendo isso à medida que empresas mais jovens, orientadas pelo design, surgirem em mercados regionais, expressando suas diferenças culturais e introduzindo cores abertas que podem dar aparências mais inovadoras e criativas. Como as pessoas com as quais esperam se se conectar.”

Oportunidades

Mas, sendo a cor favorita do mundo, o posicionamento do azul como default não desaparece. Funcionalmente, suas tonalidades mais escuras são acessíveis nas telas. E a cor combina bem com as outras. Emocionalmente, em um ambiente sociopolítico desafiador, com a desconfiança sobre governos e instituições, o azul sugere uma calma estável.

No entanto, à medida que as marcas se aprofundam em seus objetivos, há oportunidades para que suas abordagens de cores assumam um significado mais profundo. Sob toda bandeira nacional, há uma história de origem que é mais profunda do que uma escolha ou simpatia pessoal. Como acontece com nossos times esportivos favoritos, a cor pode reunir um público radicalmente diverso quando recebe uma base emocional profunda e enraizada em um ideal maior.”

O azul clássico de Pantone

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