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Resultados e concorrência derrubam valor de mercado
Um dia depois de ter suas produções indicadas para o Emmy Awards 2019 (leia aqui), com 112 menções, desempenho que a colocou atrás da HBO (que obteve 137 indicações), a Netflix apresentou aos acionistas seu balanço do segundo trimestre. O resultado não confirmou a previsão de alta que a plataforma de streaming tinha em relação à base de assinantes.
O crescimento reportado foi de 24% sobre o total do mesmo período no ano anterior, o que significa mais 2,7 milhões de assinaturas do serviço. No entanto, a previsão era de cinco milhões, conforme revelado aos acionistas. Nos EUA, porém, houve redução de 126 mil assinantes (quando se esperava aumento de quase 300 mil). Essa é a primeira vez que se registra queda no país. No mundo, a Netflix declara ter 151,6 milhões de assinantes, o que lhe poderia render alguma tranquilidade diante do cenário concorrido que se avizinha, com a chegada do streaming da Disney, entre outros players.
Mas o mercado reagiu mal a esse desempenho. As ações despencaram em torno de 11% no after market (negócios feitos após o fechamento das bolsas). Nesta quinta-feira, os papéis chegaram a ter queda de 12%. Com isso, registrou-se uma redução de US$ 20 bilhões em valor de mercado em dois dias, conforme apontado pela Exame (confira aqui).
Para o CEO da Netflix, Reed Hastings, os resultados se devem aos aumentos de preços na assinatura praticados em alguns países. Uma das apostas da empresa para ampliar seus assinantes nos níveis desejados é o conteúdo, com novas produções e temporadas prometendo atrair usuários. É o caso de Stranger Things, cuja terceira temporada estreou recentemente - e com sucesso - na plataforma.
Em maio de 2018, a Netflix alcançou um valor de mercado de US$ 152 bilhões, superando a Disney. Em julho passado, atingiu US$ 182 bilhões. No entanto, desde que a companhia fundada por Walt Disney anunciou que sua plataforma seria lançada em novembro, as ações da Netflix foram caindo.
A expectativa de recuperação da empresa no terceiro trimestre é alta, com sete milhões de assinantes no mundo. Hastings disse não temer a concorrência. O início da operação da Disney+ dará uma resposta mais concreta aos planos da Netflix. Outros serviços de streaming, como os da Apple, da Warner Media, NBC Universal e Discovery, surgirão a partir de 2020.