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Snap, Google, Facebook e Amazon: o que descobri sobre esses gigantes em cinco dias em Palo Alto 

Recentemente, o grupo Dentsu Aegis Network - do qual a Isobar faz parte -, reuniu algumas de suas lideranças globais em Palo Alto, Califórnia (EUA), em um hackaton para um grande cliente do setor esportivo.

Foram cinco dias intensos de trabalho com líderes criativos e estrategistas do mundo todo, reunidos com gigantes dos headquarters do Snapchat, Amazon, Google e Facebook.

Essa imersão, foi como um termômetro sobre as apostas de negócios que esses media players globais estão fazendo e que, certamente, terão impacto significativo em todo o mercado nacional e internacional. VR, RA, AI, essas e outras tecnologias, aliadas a conteúdo e entretenimento, estão na ordem do dia dos negócios desses grupos.

Como diz o ditado, “Data makes your briefcase heavy, insight makes you rich”, então, compartilho alguns insights a partir dessa experiência.

Snapchat: Inventividade x escala

Inventividade é a palavra-chave do momento para eles. Pelo que pude sentir, a plataforma deve investir mais e mais em novas lentes, filtros e em realidade aumentada. Para eles, que se definem como um “câmera app”, e não apenas uma "rede social”, essas novas investidas fazem todo o sentido. Nas palavras do próprio CEO, Evan Spiegel, “o Snap vai precisar mudar se quiser continuar no páreo”. Mas, se por um lado, o Snap ganha em inventividade com essas apostas, por outro, perde, de lavada, em escala.

Facebook: Publisher de vídeos

Sediado em um conjunto de prédios coloridos, com escritórios onde se pode comer livremente de graça o tempo todo, o Facebook mais parece uma Disney para adultos. A maior rede social do mundo se prepara para investir mais pesado em vídeos, tornando-se um verdadeiro “publisher” de eventos ao vivo - os chamados "lives". Uma notícia que ilustra esse movimento estratégico da plataforma é a de que eles, em breve, vão passar a comercializar 30 segundos de break de grandes eventos ao vivo.

Google x Amazon: gigantes em guerra

Essa é a briga de gente grande do nosso tempo. De um lado, o gigante de busca, Google, investindo em inovações como câmeras com Inteligência Artificial (AI) que editam uma partida de futebol ao vivo sem precisar da gente, seres humanos.

Na outra ponta do “ringue”, a Amazon, maior buscador 100% focado em venda – e, agora, depois da compra do Whole Foods, com distribuição praticamente no mundo inteiro.

A novidade é que, agora, os rivais vão passar a apostar em uma mesma estratégia: a tecnologia de voz - o Google com o seu “Ok, Google”; a Amazon com “Hello, Alexa”. Se antes a empresa tinha sites, apps, páginas no Facebook, agora, terá skills dentro da Alexa.

Com novidades não só comerciais mas também de conteúdo e entretenimento, um bom exemplo é o programa de adivinhação “Jeopardy”, que tem um skill dentro da Alexa que durante um almoço em família consegue animar os convidados com perguntas e respostas, com a voz do apresentador do programa. Ou comprar os presentes de Natal favoritos da Oprah Winfrey com um simples comando de voz, respondendo “Yes” ou “No” para sua Alexa.

Ou seja, Palo Alto me mostrou que a verdadeira transformação digital de marcas, clientes e negócios já está acontecendo e bem debaixo do nosso nariz. Bom para nós, que somos especialistas na moeda mais forte desse jogo: a criatividade.

Andrea Siqueira, diretora-executiva de criação da Isobar