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Caixa eletrônico fecha portas e drive thru abre (Arnaldo Albergaria)
O caixa eletrônico fechou as portas. Mas o drive thru foi lá e abriu.
Assim como a lente paranóica de um reality show, o governo decide que toda a publicidade das estatais deverá passar pelos seus olhos. Decisão que durou pouco dada a desinformação a respeito do assunto. Mas o comercial em que “faltaram outros perfis jovens”, ah, esse não escapou do impiedoso facão da moral e dos bons costumes. Afinal, “a massa quer respeito à família”, não é? Não. Ela só quer ser representada mesmo. Simples assim.
Desviar-se da realidade é mais fácil que encará-la de frente. Mais fácil, não mais inteligente.
Ao ignorar o fato de que o Brasil é um país de raças, culturas e gêneros, o governo ignora também o fato de que isso é um argumento e tanto para vender um produto ou serviço. No caso de um banco, por exemplo, a conquista de novos clientes. Ou seja: melou um negócio em nome do que ele acredita ser o certo, e, de quebra, quase engrossa a fila do desemprego ao colocar um diretor de marketing na berlinda. Até aqui já há motivos de sobra para concluir que tem um pessoal lá em cima meio perdidão quando o assunto é decidir.
Poderia dizer que o comercial vetado conversava de maneira direta e eficiente com o público. Só que conversar não é bem o forte daquele que está com a Bic na mão.
Mas nem tudo está perdido. Indo contra o maremoto de atraso que arrasta o país, uma rede de fast food não deixou por menos. Convidou justamente o casting que um certo banco fez questão de ignorar para atuar nas suas próximas campanhas. Afinal, todo mundo é bem-vindo.
Joinha para o BK. E polegar pra baixo para o BB.
Arnaldo Albergaria, redator freelancer
Leia sobre o comercial do Banco do Brasil vetado pelo governo federal, aqui. Sobre a orientação de que a Secom analisaria todas as campanhas feitas por estatais, aqui, e sobre a ilegalidade da decisão, aqui. Sobre o convite do Burger King aos atores que participaram do filme vetado do BB, aqui.