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SXSW. Sei que nada sei (Alexandre Bassora)
Rotina deliciosa durante uma semana em Austin: você começa o dia achando que vai ver tudo o que deseja ver. O tempo passa e, quando termina o dia, você não se lembra de tudo o que viu, acaba achando que não viu nada, mas por fim, sabe que aprendeu muito.
Desde o voo com muitos brasileiros a bordo e a caminho do SXSW 22, percebi que o festival extrapolou as fronteiras de participantes. Não são mais apenas seres nativos do universo do entretenimento, da comunicação e marketing, da tecnologia. Pessoas dos mais diferentes setores da economia começaram a participar também. Que incrível.
Muito se falou e debateu sobre NFTs, metaverso, blockchain, Web3.0 e outras buzzwords que lemos por aí. Fugi de todas. Fui a alguns do mainstream, tipo Mark Zuckerberg (aqui), sobre o futuro digital. Ele falou tudo o que você já sabe. Vi Scott Galloway - 2022 predictions (aqui) -, badalado professor de marketing na NYU e conheci as suas previsões.
Sou um early adopter de tudo em tecnologia. E como tudo que existe é feito para pessoas, eu gosto mesmo é de saber de gente. Conhecer comportamentos, entender quem e como nós somos. Ao buscar por temas assim, aprendi que no South by, especificamente, encontros com professores são aulas incríveis. Voltei fascinado com o fundador do "Fuseproject" em sua palestra sobre design e vida, visão de paradoxos do Yves Béhar, que tem todos os seus filhos com nomes contendo "Y" em homenagem a seu pai. Fiquei apaixonado pelas aulas da Laurie Santos, de Stanford, sobre felicidade. De Renee Richardson Gosline, do MIT, sobre fricção e inteligência. O encontro que tive com Gulay Ozkan, que tem alma de engenheira e coração de artista, foi encantador, inesquecível.
Chorei sem me conter ao ouvir, ver e abraçar fortemente o Eduardo Lyra, CEO da Gerando Falcões. Me emocionei na palestra do Kondzilla e fiquei boquiaberto com a competência da Patrícia Ellen da Silva, representando a comitiva Invest SP. Três dos muitos brasileiros que deram show nos Estados Unidos.
Conheci o Blanton Museum of Art. Dirigi um caminhão na Suécia direto do Texas. Tirei uma selfie com o gente finíssima do Austin Kleon, autor de “Roube como um artista”, New York Times Bestseller. Assisti a um lindo show acústico e blasé do Beck (leia sobre a conversa do artista com a jornalista Amanda Petrusich no SxSW, aqui). Comprei um Oculos Quest 2. Vou comprar um Porsche ou uma Kombi, elétricos. Finalmente experimentei Liquid Death, que é incrivelmente apenas uma água. Andei muito de Bird. Caminhei pra caramba. Conheci e me conectei com pessoas do mundo todo.
Voltei melhor do que fui mas continuo achando que não sei nada, que tenho muito a aprender. Esse é o barato do SXSW, realizado numa cidade fantasticamente estranha. E este é o drive de ser um eterno aluno.
Alexandre Bassora, fundador e CEO da Audaz