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Marcas, Creator Economy e influência (Gabriel Lima)
Marcas que entenderam a Creator Economy se tornam protagonistas de sua própria influência
Nos últimos anos, o mercado da influência mundial passou por mudanças significativas. E esse movimento foi impulsionado por diferentes fatores, entre os principais, as novidades nas redes sociais, maiores oportunidades de cocriação com marcas, além de um crescimento de "influenciadores" que investiram em seus próprios negócios.
As redes sociais, que antes eram dominadas por postagens superficiais, passaram a dar espaço para uma abordagem mais autêntica e genuína, baseada na propriedade, verdade e diversidade. E não só por parte de criadores de conteúdo, mas principalmente por marcas que apostaram no desenvolvimento de sua própria influência.
E mesmo parecendo que essa tendência já estivesse nos ‘trending topics’ do mercado, são poucas as marcas que sabem promover essa conexão genuína com seu público como criadores de conteúdo. Nessa virada de chave, os "influenciadores" se tornam uma parte da comunicação, e não ela por completo. E aqui fica a pergunta: será que você, no papel de marca, está sabendo usar o "influenciador" como parte da estratégia?
Um exemplo claro de marcas que sabem flutuar nas etapas do marketing de influência é o Nubank. A plataforma de serviços financeiros adotou um tipo de linguagem muito atual, suas redes sociais conseguem comunicar conteúdos que teriam tudo para serem chatos de forma muito leve, trazendo criadores de conteúdo como meio de uma estratégia de conteúdo muito bem pensada, pílulas de conteúdo, "influencer performance" e muito storytelling fazem parte dessa receita.
Outra que tem essa presença e posicionamento muito forte na internet é a Bis. A marca de chocolate transformou a sua conta no Instagram em um espaço de conteúdos divertidos que se utilizam prioritariamente da linguagem dos memes, tanto em suas postagens, como também em sua bio, que faz um trocadilho que instiga o usuário a querer consumir o produto. E essa popularidade rendeu ainda um investimento de patrocínio em um dos principais estádios de futebol de São Paulo, o atual Morumbis. O uso do "influenciador" é estrategicamente pensado para uma transferência de tráfego, o usuário que conhece as redes de Bis pelo "creator" acaba ficando, pois continua sendo impactado com um conteúdo anti skip.
E essa tendência de marcas se tornarem "influenciadoras" e formadoras de opinião tende a se fortalecer em 2024, porém ganhando ainda mais fôlego nos próximos cinco anos. Um complemento a essa projeção é o estudo da empresa global Hootsuite, intitulado ‘The Social Media Consumer Report’, que levantou quais são os principais erros e acertos das marcas nas mídias sociais, mostrando assim no que e onde investir para ultrapassar essa barreira da Creator Economy.
De acordo com os dados levantados, mais de 65% dos entrevistados acreditam que uma comunicação autêntica e envolvente é o fator principal para que as marcas tenham uma presença mais atraente nas redes. Alinhado a isso, outra forma de conquistar esses usuários, de acordo com mais 50% das respostas da pesquisa, é ter conteúdos com pontos de vista convincentes dentro da área de expertise, seguido pela interação de respostas a perguntas e comentários dentro de um tempo considerável. Posts que ensinam coisas novas e que fazem rir são os conteúdos que mais geram engajamento para mais de 50% dos participantes do estudo.
A Creator Economy é um organismo vivo e enxergar o "influenciador" como final já não tem mais espaço, é preciso ter estratégia, plano de conteúdo e muito claro o objetivo do uso de um "creator". Tudo isso é empolgante demais.
Gabriel Lima, COO e cofundador da MField
Leia o texto anterior da seção "O Espaço é Seu", aqui.