arrow_backVoltar

O Espaço é Seu

Linkedin - ­Quem não é inimigo é quase amigo

08.09.14


Apesar de muitas agências de propaganda usarem o Linkedin durante os processos seletivos, estudo publicado pela equipe da rede social, neste ano, revela que 99,7% dos entrevistados não estão na rede necessariamente em busca de novas oportunidades de emprego. Isso sugere que os usuários estão mais interessados no relacionamento com pessoas da mesma profissão, ou seja, no famoso networking.



Segundo Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor geral do Linkedin na América Latina, os usuários buscam melhorar a carreira através da troca de experiências, conhecimentos e ampliação da rede de contatos, além do acesso a informações confiáveis sobre as empresas presentes na rede social.



O engraçado nisso tudo é que, mesmo com um nível maior de formalidade, conseguimos imprimir nesta rede duas marcas registradas do povo brasileiro: a simpatia e o bom relacionamento interpessoal.



Ao iniciarmos uma nova conexão com outro profissional, temos basicamente seis opções: na primeira é preciso indicar uma empresa na qual você e a pessoa tenham trabalhado; na segunda é preciso informar uma instituição de ensino que ambos tenham frequentado; na terceira, é preciso ter um negócio onde os dois tenham sido sócios. Ao chegarmos à quarta opção, basta dizer que você é amigo do perfil e que deseja adicionar à sua rede e pronto, simples assim – sem dizer de onde, como ou por quê. Essa opção é provavelmente a maior responsável pelas conexões, amizades e contatos profissionais. Na quinta opção, é necessário saber o e-­mail da pessoa a ser adicionada. Por fim, na sexta e última, o usuário diz que não conhece aquele perfil e, nesse caso, o Linkedin não permite que prossiga com o convite.



O que eu e boa parte dos usuários do Linkedin podemos fazer para nos conectar a um profissional que admiramos, mas com quem nunca tivemos nenhum tipo de contato? A resposta é meio óbvia: é claro que apelamos para a "amizade"; afinal, quem não é inimigo é quase amigo (!).



O Linkedin exige que os usuários tenham alguma relação prévia antes da conexão, para preservar a privacidade das pessoas e evitar convites indesejados. Porém, como o brasileiro sempre tem um jeitinho especial de se 'achegar', a “amizade fictícia” é um recurso usado massivamente, todos os dias, por profissionais que nunca se viram mais gordos, mas desejam interagir nessa plataforma social e profissional.



Por exemplo: há muitos caminhos para percorrer até um estudante de comunicação ou um publicitário recém-­formado se aproximar de um profissional sênior ou head de alguma área de grandes agências, porém o Linkedin pode ser uma chance de encurtar esse caminho, um primeiro contato entre profissionais que vivem momentos diferentes na carreira.



E todo mundo acaba ganhando com essa interação: os profissionais mais experientes têm contato com as novas safras; os iniciantes, por sua vez, acabam crescendo com as experiências trocadas com a galera mais sênior e as agências terminam por descobrir novos talentos através da rede de conexões do Linkedin.



Enquanto a equipe da rede social não inventa uma outra forma, quem deseja se conectar a profissionais desconhecidos vai fazendo amizades – até porque, para boa parte dos brasileiros, amizade nunca é demais, principalmente na web.



por Diego Seguro, Project Manager and Digital Planner - Phocus Propaganda



Leia texto anterior do "Espaço é Seu", escrito por por Pedro Gravena, Digital Creative Director da FCB Brasil, aqui.


O Espaço é Seu

/