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Google comprou a DoubleClick. E Agora?
O recente anúncio da compra da DoubleClick pelo gigante Google (notícia que você leu aqui no Clubeonline, assim que o acordo foi fechado) provocou uma chacoalhada no mercado de publicidade, especialmente o de publicidade online.
Não é por menos: o negócio representa mais um passo na expansão e diversificação do tão bem-sucedido mercado de links patrocinados.
O interesse do Google pelo negócio surgiu devido à oportunidade de ampliar as opções de mídia para um universo mais fortemente ligado ao branding, visto que os links patrocinados normalmente são mais associados à performance, onde parte da verba de mídia online acaba destinada a outras mídias, que o Google não oferece.
Não é o primeiro passo do Google na diversificação de seu portfólio de produtos. Há algum tempo o Google, entre outras empresas, vem testando variações de modelos de links patrocinados, tanto num híbrido de online e offline, como no celular e no click-to-call (clique que gera uma ligação telefônica), e também no offline com impresso, rádio e TV.
A compra da DoubleClick não permite somente ampliar oferta e alcance de publicidade do Google, mas também significa muito mais poder e informação para o anunciante.
É muito provável que, a partir de agora, as ferramentas de acompanhamento e análise da DoubleClick fiquem disponíveis de maneira gratuita para todos os seus anunciantes (como aconteceu com Urchin - hoje Google Analytics).
Esta oferta de ferramentas analíticas e a diversificação de formato do Google, somados ao fato de qualquer um poder veicular no Google, independente do tamanho de investimento, terão impacto cada vez mais importante no long tail dos anunciantes.
Isso permitirá um crescimento incomensurável do mercado de publicidade, sem que haja perda de fatias. O bolo todo cresce. Para as agências de publicidade e para os responsáveis por veiculação nas empresas, a tendência é ter cada vez mais uma função de análise e otimização de resultados das estratégias de mídia.
Excelente mudança, já que a percepção da importância do trabalho da agência nos resultados será muito maior e, por conseqüência, este trabalho será muito mais valorizado.
A compra da DoubleClick é apenas mais um dos episódios de uma série que provavelmente mudará o mundo da publicidade e o mercado. Não é uma mudança casual, nem tampouco exclusiva do Google.
O Google é apenas o mais bem-sucedido representante dentro de um grupo - cada vez maior de empresas e pessoas - que identificou um caminho e implementou uma nova maneira de trabalhar o mercado.
Ainda vão surgir muitas empresas e negócios nesta linha. Produtos/negócios como NetFlix, YouTube, Flickr, iPod, Joost, Wikepedia, entre outros, representam os primeiros exemplos de uma mudança fundamental de mercado, onde o consumidor não tem apenas razão, mas também o controle, tornando-se até mesmo agente direto da formatação do produto que consome. O futuro ainda é incerto, mas a revolução começou e não há como voltar atrás. Empresas como o Google podem até desaparecer ou morrer, mas o estrago já está feito.
Depois de demonstrar, na prática, o poder e a liberdade que cliente e anunciante podem ter, eles não se contentarão com mais nada diferente dessa realidade. Cada vez mais é o mercado que vai precisar se adaptar ao consumidor e não o contrário. E desta vez é pra valer.
Por Alexandre Kavinski - pioneiro no mercado de busca brasileiro, sócio e fundador da HotList (www.hotlist.com.br), empresa especializada em Search Engine Marketing (SEM) e presidente do comitê SEM da IAB Brasil
No mês de junho, Kavinski ministrará palestras nos eventos SES Latino 2007 (http://www.searchenginestrategies.com/sew/latino07), dias 18 e 19/06; e ad:tech Miami (www.ad-tech.com/miami), dias 26 e 27/06, nos Estados Unidos