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Por que a Microsoft irá liberar 4 games para concorrentes?
A Microsoft, a empresa mais valiosa do mundo, surpreendeu os fãs do Xbox com o anúncio de que, em breve, serão liberados quatro games para consoles concorrentes: PlayStation 5 e Nintendo Switch. Os títulos não foram revelados. A informação foi dada pelo CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, em um podcast oficial do Xbox nesta quinta-feira, 15 (veja vídeo mais abaixo).
Antes de o episódio ir ao ar, Spencer explicou, em memorando distribuído na companhia, a nova estratégia adotada para a divisão de games da big tech. Segundo esse documento, a empresa trabalha com uma visão de futuro que aponta que os jogadores terão uma “experiência unificada em todos os dispositivos”.
Nesse futuro, de acordo com Spencer, os criadores de games estarão mais empoderados para concretizar suas ideias, atingindo um público global, unindo comunidades e obtendo sucesso comercial. Ele encerrou a mensagem salientando que cada tela será um Xbox.
No podcast, outra novidade foi apresentada. Trata-se do primeiro título da Activision Blizzard a entrar para o catálogo do Xbox Game Pass, que tem atualmente 34 milhões de assinantes. Será o RPG “Diablo IV”, disponível na plataforma a partir de 28 de março (confira trailer ao final da matéria).
Foram quase dois anos para que esse momento chegasse. Em janeiro de 2022, a Microsoft anunciou a compra da Activision Blizzard por quase US$ 69 bilhões. O processo só foi concluído em outubro do ano passado.
Jogada de risco?
Abrir mão de títulos até então exclusivos do Xbox soa arriscado. Afinal, isso não iria afetar as vendas do console? Não impactariam as assinaturas do Game Pass? Para o comandante da Microsoft Gaming vale o risco. O dinheiro vindo das concorrentes poderia ajudar a viabilizar a produção de novos títulos – que têm custos cada vez mais altos –, além de projetar a marca para mais gente.
A explicação foi corroborada de forma oficial pela empresa. Em comunicado disponível em seu site, a Xbox afirmou que, ao levar esses games para mais jogadores, a proposta é expandir o alcance e impacto desses títulos e investir "em versões futuras desses jogos, ou em outros jogos", acrescentando que "não há nenhuma mudança fundamental em nossa abordagem sobre exclusividade".
Esse é um "detalhe" valioso para os fãs do Xbox. Os jogos que serão liberados para a concorrência foram lançados há mais de um ano. Títulos inéditos, como o aguardado “Indiana Jones e o Grande Círculo”, que sairá neste ano, continuarão sendo exclusivos do Xbox, conforme salientou o CEO da Microsoft Gaming.
PS5 chegando a sua fase final
As revelações de Spencer dadas ao podcast aconteceram um dia depois de a Sony, dona do PlayStation, ter informado que as vendas do PS5 estão abaixo das expectativas. A estimativa da companhia japonesa é que seriam vendidos 25 milhões de consoles até o final do ano fiscal de 2023, que se encerra no dia 31 de março. O número foi ajustado para 21 milhões.
Segundo a Sony, o PS5 está entrando na fase final de seu ciclo de vida. As vendas podem até ter melhorado no trimestre encerrado em 31 de dezembro, em comparação ao mesmo período do ano anterior (aumento de 16%), porém o lucro operacional caiu 26%.
Uma justificativa para isso foi o investimento pesado que foi feito em marketing e promoções. Qual seria para a companhia japonesa uma forma de trazer mais equilíbrio para as finanças? Levar jogos originais para outros consoles.
Para o site The Verge, Spencer deu mais detalhes sobre a maneira como a Microsoft está vendo o futuro dos jogos e reforçou que o acesso é uma questão importante para o negócio. “Games têm potencial para continuar crescendo. Queremos ter a certeza de que os games que fazem parte do Xbox sejam uma das partes mais fortes do que o Xbox representa”.
Como ele observou na entrevista, o negócio da Microsoft no setor não se limita à venda de hardware e nem à comercialização de first-party games. “É um modelo de negócios diversificado”, pontuou, lembrando que ele une tecnologia e criatividade.