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Cufa lança campanha ‘Favela Contra o Vírus’
A Central Única das Favelas (Cufa) lançou a campanha “Favela Contra o Vírus” para arrecadar doações que vão ajudar no combate ao coronavírus em favelas pelo Brasil. A entidade contou com o apoio de vários músicos que interpretaram, em suas casas, a música “O Mundo Parou”, escrita por Dudu Nobre, Edi Rock (Racionais MCs), Dexter e Ivo Meirelles.
O clipe da canção foi ao ar na noite do domingo 22, no "Fantástico". Entre os intérpretes estão Alcione, Xande de Pilares, Pericles, Karol Conká, Ferrugem, Pretinho da Serrinha, Sandra de Sá, Grupo Bom Gosto, MC Menor MR e Mumuzinho. A edição do vídeo também foi feita remotamente.
É a primeira vez que a Cufa pede doações. “E tem que ser pra ontem, pois esse vírus não pode ser mais rápido do que nossas respostas”, declarou Preto Zezé, presidente da Cufa Ceará, para o site da entidade. A ajuda pode ser dado pelo Vakinha Online (aqui). Ou pelo Bradesco (Banco – 237. Agência 0087. Conta corrente – 3582-3) e Itaú (Banco 341. Agência 0402. Conta corrente – 17369-4). O CNPJ da Central Única das Favelas do Rio de Janeiro é 06.052.228/0001-01.
No Vakinha, a meta de arrecadação é R$ 200 mil. Nesta segunda-feira, o montante obtido até o início da tarde estava em pouco mais de R$ 16 mil
A campanha tem direção geral de Celso Athayde, fundador da Cufa. Também participou do projeto a Comunidade Door, agência de comunicação do grupo Favela Holding. Quem quiser gravar um vídeo cantando o refrão da música e veicular nas redes pode usar a hashtag #favelacontraovirus (sem acento) para participar do movimento.
“A ideia surgiu num papo com um amigo chamado Sérgio Valente", contou Athayde, referindo-se ao diretor de marca e comunicação da Globo. "Entendo que a música dentro da favela sempre foi muito potente. Por isso, através dela, queremos conscientizar seus moradores a tomarem os cuidados adequados contra o coronavírus”, explicou. Ele afirmou que foram escolhidos artistas que falam a língua das favelas.
A entidade informa que são aproximadamente 15 milhões de moradores em favelas em todo o Brasil. “Muitos deles não podem deixar de trabalhar, e ainda transitam pelas ruas se expondo ao risco do contágio”, observou Kaline, da Cufa Paraíba.
Claudia Rafael, da Cufa de Paraisópolis, em São Paulo, destacou que a situação é muito séria nas comunidades. “Muitos moradores de favela ainda não caíram na real e não estão cumprindo a quarentena como deveriam. Estamos colocando toda a nossa força na conscientização deles, para que, juntos, a gente possa vencer mais essa luta”.