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Facebook supera expectativas, como Apple e Amazon
O movimento “Stop Hate For Profit”, que pediu aos anunciantes nos EUA que parassem de veicular anúncios no Facebook pelo mês de julho (leia aqui), chega a sua data final nesta sexta-feira, 31. Nesse clima, saíram os resultados do segundo trimestre da rede. Divulgados na quinta-feira, 30, os números mostram que a companhia superou as expectativas.
De acordo com o balanço (mais detalhes aqui), o Facebook obteve lucro líquido de US$ 5,18 bilhões no segundo trimestre, o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. A receita publicitária ficou acima do esperado, com US$ 18,3 bilhões, 10% a mais do que o resultado do segundo trimestre de 2019.
No relatório, o Facebook informa que os negócios foram impactados pela pandemia, como aconteceu com as empresas de um modo geral. Mas a rede apresenta números positivos. Os usuários diários ativos cresceram 12% em junho, em comparação ao mesmo mês em 2019, chegando a 1,79 bilhão.
Em relação à receita publicitária, nas primeiras três semanas de julho – o período do boicote -, a taxa de crescimento em relação ao ano anterior estava alinhada ao índice apresentado no segundo trimestre de 2020 (os 10% mencionados acima). A expectativa para o terceiro trimestre é que o desempenho seja equivalente ao que a companhia está observando em julho.
O Facebook elencou fatores que podem influenciar os resultados deste trimestre, entre eles as incertezas econômicas do período, a reabertura comercial de algumas regiões e impactos nos negócios em virtude de legislações da internet. A rede cita ainda o boicote de anunciantes, que pode influir nos resultados.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, relatou a investidores, porém, que a situação está melhor do que a encomenda. “Este foi um trimestre forte para nós, especialmente em comparação com o que esperávamos no início. Há agora mais de 3,1 bilhões de pessoas que usam nossos serviços todos os meses (...) e mais de 180 milhões de empresas que usam nossas ferramentas para se conectar com clientes.”
Ele abordou, inclusive, a presença de marcas na plataforma. “Tivemos mais de nove milhões de anunciantes ativos em nossos serviços, já que muitos transformaram seus negócios para o online”. Antes, o Facebook havia informado que tinha oito milhões de anunciantes em suas plataformas.
Sobre o movimento “Stop Hate For Profit”, já se falava que o efeito seria mais simbólico. Zuckerberg observou, na conferência com investidores, que há quem pareça supor erroneamente que os negócios da rede dependem de "alguns poucos anunciantes grandes".
“Valorizamos cada uma das companhias em nossas plataformas, mas a maior parte do nosso negócio está nas pequenas empresas. Nossa publicidade é uma das ferramentas mais eficazes que utilizam para encontrar clientes, ampliar negócios e criar empregos”, declarou.
Amazon
Os líderes do Facebook, da Amazon, Apple e do Google estiveram esta semana no Congresso americano para falar sobre práticas antitruste. Mas os resultados financeiros das big techs também vinham sendo aguardados com ansiedade.
A Amazon revelou que teve um aumento de 40% nas vendas líquidas, chegando a US$ 88,9 bilhões, acima do que previam analistas. Seu lucro dobrou no segundo trimestre, batendo US$ 5,24 bilhões.
Os serviços na nuvem também se destacaram, já que a pandemia obrigou as empresas a montarem esquemas de home office. A receita da AWS (Amazon Web Services) teve alta de 29%, atingindo US$ 10,81 bilhões. Confira mais números aqui.
Apple
A pandemia parece também não ter afetado tanto assim os negócios da Apple, que teve suas lojas fechadas durante o período de quarentena em várias partes do mundo (algumas abriram, sobretudo na Ásia, mas estão voltando a fechar devido a novas ondas da covid-19). As receitas da empresa cresceram 11%, atingindo US$ 59,7 bilhões no trimestre, de acordo com o relatório que trouxe balanço do período encerrado em junho (veja aqui). O lucro subiu 12%, chegando a US$ 11,3 bilhões.
A divisão de serviços – com Apple TV Plus, Apple Music e Apple Care - se saiu bem, com aumento de 14,8% sobre o trimestre no ano anterior. A receita foi de US$ 13,1 bilhões. E as vendas do iPhone somaram US$ 26,4 bilhões, enquanto o mercado estimava US$ 20,6 bilhões. No trimestre anterior, no entanto, os resultados do iPhone foram melhores, com US$ 28,9 bilhões.
Google e Alphabet, a primeira queda
Dona do Google, a Alphabet reportou, pela primeira vez em sua história, queda em suas receitas. É uma variável pequena, de 2%. A corporação já aguardava declínio nos números. em virtude do impacto da pandemia. As receitas fecharam em US$ 38,297 bilhões no segundo trimestre. No mesmo período, no ano anterior, a Alphabet informou ter movimentado US$ 38,944 bilhões.
Já os lucros caíram 30%, chegando a US$ 6,96 bilhões. Houve queda de 8% na receita publicitária do Google. No YouTube, o resultado foi positivo, com aumento de 6%, porém o índice é inferior ao do trimestre anterior. A Alphabet celebrou aumento nos serviços na nuvem, com alta de 43%. Mas, nos três primeiros meses do ano, o percentual de crescimento foi de 52%. O balanço pode ser conferido aqui.