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Rio e Tóquio são cidades favoritas
Daqui a um mês, os delegados do Comitê Olímpico vão julgar se o Rio é capaz de cumprir o plano que apresentou para os jogos Olímpicos que vão acontecer daqui a sete anos.
Nos sites de vários jornais internacionais, o Rio de Janeiro, a partir desse relatório, ganhará a aura de favorito. Até osveículos de Madri e Chicago, cidades adversárias, reconhecem que o Rio está bem na foto.
Na foto e no vídeo promocional. Nele se vê uma perfeição virtual, um mundo de instalações esportivas encantadoras e ainda imaginárias. Mas é exatamente o poder da Olimpíada de transformar uma cidade que é o fator que traz mais força para a candidatura carioca.
O Comitê Olímpico Internacional dá muita importância ao legado dos jogos. O projeto do Rio foi o mais elogiado, mas teve dois tropeços. O primeiro foi uma certa dúvida quanto a rapidez de locomoção, dada a estrutura de transporte.
O outro problema apontado foi quanto ao número insuficiente de hotéis. O Rio tem hoje 24 mil leitos e são necessários 40 mil. Segundo o projeto, essa diferença será compensada com novos hotéis, vilas para atletas e jornalistas, e também com navios.
Surpreendentemente: segurança não foi apontada como uma preocupação. Não é à toa que numa coletiva, como num coro afinado, representantes dos governos federal, estadual e municipal estivessem tão crentes na possibilidade de sediar a Olimpíada.
"Estamos todos muito felizes pelo reconhecimento que o comitê de avaliação deu ao nosso trabalho", afirmou o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. "O relatório mostra a confiança que o mundo tem no Brasil", disse o Ministro dos Esportes, Orlando Silva. "O Rio de Janeiro certamente tem a melhor proposta e o melhor impulso para o movimento olímpico", declarou o prefeito do RJ, Eduardo Paes.
Mas existe a preocupação, até do próprio COI, para que tantas obras e tantas verbas sejam controladas com cuidado. O urbanista Hélio Brasil acha que os jogos devem ser bem mais que uma festa de esporte. "A Olimpíada em si não é uma prioridade para a vida da cidade, entretanto é um dado, é um momento que pode ser aproveitado em beneficio da cidade, sobretudo do cidadão", afirma o urbanista, Hélio Brasil.
Na disputa, vale muito a torcida contra e foi com prazer que se viu que as cidades do mundo mais rico também têm problemas graves. Tóquio tem o menor índice de aprovação entre os próprios moradores, Madri tem problemas com a organização e com a legislação antidoping, considerada branda, e Chicago, apoiada por ninguém menos que Barack Obama, não deu as garantias financeiras necessárias.
Embora todas as cidades tenham tido defeitos e qualidades apontadas, esse relatório vale apenas como informação, quer dizer, os 115 integrantes do Comitê Olímpico Internacional votam muitas vezes por simpatia, apoio, interesses, é tudo muito subjetivo. Às vezes, as cidades favoritas não ganham. O Rio de Janeiro tem exatamente mais um mês para convencer, e conquistar, 58 votos.
Infos do Jornal da Globo