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Facebook tira conteúdo jornalístico da rede na Austrália
Pagamento para empresas jornalísticas por conteúdo veiculado em plataformas digitais não é um assunto novo. Mas em diferentes partes do mundo as gigantes da tecnologia agora estão sendo obrigadas a negociar ou adotar medidas que evitem futuras complicações legais. Nesta quinta-feira, 17, usuários do Facebook na Austrália ficaram sem notícias no feed.
A rede decidiu bloquear o compartilhamento de notícias na plataforma como forma de se defender de uma lei que será votada pelo Parlamento nos próximos dias. O projeto estabelece que as companhias de tecnologia paguem a publishers quando conteúdos jornalísticos forem postados pelos usuários. Os veículos pedem o pagamento por notícias utilizadas nas plataformas já que empresas como Facebook e Google detêm uma grande parte das verbas publicitárias no digital.
O problema é que o bloqueio na Austrália, além de “zerar” perfis de veículos ou agências de notícias (impedindo usuários internacionais de acessar também o conteúdo), esvaziou o feed de entidades e órgãos do governo que prestam informações à população, entre elas orientações sobre a covid-19 e dados sobre o clima. Mesmo páginas de humor foram afetadas. O Facebook informou que esses perfis não deveriam ter sido atingidos e que iria restaurar os conteúdos que sumiram da rede.
O Google, por sua vez, fez acordos com a imprensa australiana para acessar as notícias via Google News Showcase, agregador que foi anunciado em outubro de 2020, que permite negociações com veículos em países como Alemanha e Brasil e que foi implantado no início do ano no país. Um dos contratos, fechado com a Nine Entertainment, por exemplo, determina o pagamento de US$ 30 milhões pelo acesso.
“Pagamentos significativos”
O Google chegou a estudar também “fechar” o buscador para notícias, diante das pressões dos publishers por pagamentos pelas notícias. Mas nesta semana entrou em acordo com a News Corp, de Rupert Murdoch, que se estende para todos os veículos que fazem parte da companhia (entre eles estão The Wall Street Journal, nos Estados Unidos, e The Sun e The Times, ambos no Reino Unido).
O contrato, que não teve valores divulgados, irá durar três anos. A News Corp informou apenas que irá compartilhar seu conteúdo mediante “pagamentos significativos”.