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Pesquisa

Brasileiro sente-se incapaz de mudar crise ambiental

12.05.08

A Market Analysis, instituto de pesquisa e opinião pública, apresenta os resultados do estudo "Os Brasileiros Diante das Mudanças Climáticas - Imaginando o Impacto do Aquecimento Global".

Uma das conclusões dá conta de que as pessoas sentem-se mais alarmadas do que informadas, sendo que o discernimento entre o que pode e o que deve ser feito está sujeito a ambigüidades e dúvidas.

 A inquietação sobre efeitos negativos do aquecimento global fica clara quando se expõem problemas de saúde, seca, escassez de recursos como água potável, perda de flora e fauna, extinção de várias espécies, aumento do nível do mar e padrões climáticos extremos. 

O fator mais temido pelo brasileiro é a seca e a escassez de água (23%), seguido da extinção de espécies (16%) e de um clima cada vez mais radical (14%).


Segundo Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis, os consumidores do país revelam um quadro misto de certezas e conflitos sobre o desafio da sustentabilidade ambiental.

"Apesar de as opiniões estarem divididas (52% não acreditam que as mudanças climáticas sejam um problema tão grave, enquanto 46% apresentam real preocupação com o assunto), os brasileiros emergem como o povo mais autoconfiante sobre o tema entre os que pertencem a sociedades em desenvolvimento", afirma Echegaray. "Mas existe uma fraca associação entre perceber o fenômeno ambiental como crítico no plano pessoal e se sentir capaz de mudar a situação", contrapõe.


No Brasil, 40% das pessoas sentem-se suficientemente competentes para realizar mudanças pessoais que ajudam a alterar a desordem ambiental.

Porém, ao focar naqueles que exibem fortes percepções sobre o assunto, a incidência atinge apenas 16,1%, considerados como a minoria consciente e efetivamente mobilizada. Este grupo se diferencia dos demais pelo maior nível de informação sobre o aquecimento global, e por seu alinhamento favorável com as ações de ONGs, especialmente se ambientais ou filantrópicas.


Apesar de não se sentirem vítimas do fenômeno, os países desenvolvidos concentram o maior número de consumidores com sentimentos de competência pessoal para lidar com a situação.

No outro extremo, a grande massa de países emergentes percebe-se como vítima das mudanças climáticas, sem condições de dar resposta eficaz.


Os dados fazem parte da pesquisa Barômetro Ambiental, estudo anual realizado pela Market Analysis no Brasil, sendo reproduzido simultaneamente em outros 21 países, por meio de uma rede de institutos de pesquisas parceiros.

Amostras representativas de 802 adultos entre 18 e 69 anos, residentes em oito capitais do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Brasília) foram colhidas.

Margem de erro de aproximadamente 3,4%.

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