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Brasil abre 14º centro de inovação da P&G no mundo
Investimento de R$ 200 milhões e contratação de 150 cientistas para o Latin American Innovation Center (LAIC), em Louveira. Crédito - Lena Castellón
Com um investimento de R$ 200 milhões, a Procter & Gamble lançou nesta terça-feira, 7, um centro de inovação para a América Latina localizado na cidade de Louveira, interior de São Paulo. O novo espaço, chamado de LAIC (Latin American Innovation Center), é o 14º no mundo e o primeiro da região. Mas ele tem um diferencial em relação às demais plantas dedicadas à inovação: além de fazer pesquisa e desenvolvimento, tem capacidade de produção e funciona como centro de distribuição.
Essa característica múltipla foi destacada por Kathy Fish, Chief Research, Development & Innovation Officer da P&G, que veio ao Brasil para a inauguração do prédio. Ela ressaltou que o país é o terceiro mercado da companhia. O potencial de crescimento de consumo de produtos da marca por aqui é um dos motivos para a corporação ter decidido abrir o espaço em Louveira, processo iniciado dois anos atrás.
“Criamos centros de inovação pelo mundo para atender os consumidores. Testamos, desenhamos e prototipamos pensando em ideias para eles. Temos cinco bilhões de consumidores”, completou Kathy. Agora, o Brasil e os 150 cientistas da LAIC, de dez nacionalidades, se juntam a mais oito países que têm esse tipo de estrutura.
Há muita troca de informações entre esses centros. “É um sistema integrado”, explicou Juan Fernando Posada, presidente da P&G Latam. Isso quer dizer que projetos que vingarem no país serão compartilhados com outras regiões e podem ser adotados nos demais mercados. “Exportar inovação não é para qualquer um”, reforçou Juliana Azevedo, presidente da P&G Brasil.
Ao lembrar do investimento para a montagem do centro em Louveira, Juliana ressaltou que a companhia fez essa aposta mesmo em uma época marcada de incertezas. “Acreditamos que, em momentos de crise, é mais necessário inovar. Em geral, as empresas fazem promoções e reduzem preços. A P&G pensa que é importante melhorar a produção. Marcas que diminuem investimentos em inovação pagam preço alto lá na frente”, afirmou.
Um dos destaques da nova planta é o Consumer Experience Center, estrutura semelhante a uma casa para que os cientistas do LAIC possam estudar a reação dos consumidores a produtos ou demandas do cotidiano. Além do ambiente dividido entre quarto, banheiro, sala, lavanderia, cozinha e quintal, há duas salas de estudo, a sensorial (para avaliar cores e aromas, por exemplo) e a biométrica, que considera a reação do corpo à exposição de itens. A “casa do consumidor” estará apta para pesquisas até o final deste mês.
Ativo há duas semanas, o LAIC já dispõem de equipes fazendo testes em seus laboratórios, como o de embalagens, o makers space e os destinados a produtos como sabões líquidos, absorventes e fraldas. O espaço também poderá ser usado pelas equipes de marketing da P&G para mostrar a eficácia de produtos, como o sabão Ariel. Ou mesmo como fonte de conteúdo.
O laboratório para desenvolvimento de sabão líquido dispõe de 28 máquinas de lavar, cada uma delas destinada a um país da América Latina. Isso porque há diferenças que devem ser consideradas ao se criar um produto. No Brasil, a mancha de roupa que mais levanta questões dos consumidores é a de desodorante. Em outros mercados da região são nódoas de gordura.
Lena Castellón