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Plantão #CodeRed: SOS Mata Atlântica

Marcas e agências: vamos falar sobre crise climática?

16.09.21

A crise climática tem sido objeto de debates em diversos meios ao longo deste ano. Com o alerta dado pela ONU no mês passado, mostrando que o quadro é mais grave do que se pensava, o Clubeonline decidiu procurar agências, produtoras, anunciantes, veículos e especialistas no tema para estimular discussões em torno das mudanças que nos afetam hoje e irão nos afetar ainda mais amanhã, se medidas concretas não forem tomadas.

A mensagem da ONU foi dada com a divulgação do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), o sexto em sua história. O estudo mostrou que o limiar do aquecimento global (1,5 graus Celsius acima do período pré-industrial) será atingido em 2030, dez anos antes do que se projetava. Apontou também que algumas situações são irreversíveis – mesmo que dediquemos séculos para combatê-las.

Com isso, a ONU mudou o tom dos alertas que vinham sendo dados até então, do amarelo, de atenção, para vermelho. E pediu a união de governos, empresas e da sociedade para evitarmos uma tragédia climática.

Para discutir esse tema e o que pode ser feito pelo mercado de comunicação, criamos a série Plantão #CodeRed, o “código vermelho para a humanidade”, como sinalizou a entidade.

Já contribuíram com a proposta, compartilhando suas análises:
- Raoni Rajão, professor da UFMG e especialista em gestão ambiental, que é um dos participantes do Festival do Clube 2021 falando sobre o futuro do planeta e da Amazônia;
- Rui Branquinho, cofundador e CCO da agência GiveBack;
- Fernando Meirelles, sócio da O2 Filmes e “diretor-metido-a-ambientalista”;
- Marcelo Reis, coCEO e CCO da Leo Burnett Tailor Made;
- Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura;
- Beto Fernandez, fundador e criativo na Activista Los Angeles;
- Cecilia Novaes, sócia da consultoria de pesquisa e estratégia A Arte da Marca e professora da Miami Ad School;
- Diana Medeiros, gerente de PR da Liv Up;
- Lucas Mello, fundador e chairman da Live.

Agora quem colabora conosco é Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.




A Mata Atlântica faz parte da solução para a mudança climática

O relatório do IPCC sobre a ciência do clima, lançado em agosto, afirmou de maneira inequívoca que as mudanças climáticas já estão acontecendo e que elas são resultado da ação humana no planeta. Agora temos de trabalhar com urgência para diminuir as emissões para não ultrapassamos o aquecimento maior que 1,5oC até o fim de século e nos adaptarmos para um planeta mais quente e com extremos climáticos cada vez mais frequentes e intensos.

No Sudeste e no Sul do Brasil sentimos isto no dia a dia com a crise hídrica, o aumento do preço da energia e o risco de um novo apagão. Parte do problema é resultado de ainda estarmos desmatando a Mata Atlântica, que protege as nossas nascentes e os nossos rios e é fundamental para termos água nas cidades e nos reservatórios que geram eletricidade. Na Mata Atlântica residem 70% da população. E 80% do PIB do país, que dependem dos serviços ecossistêmicos da floresta mais ameaçada do Brasil.

Para garantir o futuro das nossas cidades e empresas e fazermos parte da solução climática, temos de acabar com o desmatamento e recuperar a Mata Atlântica em grande escala e em alta velocidade. A restauração da Mata Atlântica sequestra carbono da atmosfera, conserva a biodiversidade e protege nascentes e rios. Ao longo dos seus 35 anos de história – aniversário a ser comemorada no próximo dia 20 –, a Fundação SOS Mata Atlântica já plantou cerca de 42 milhões de mudas de árvores nativas em vários trechos do bioma, com a participação de muitas pessoas e empresas, voluntários, empreendedores e proprietários de terras.

A colaboração com empresas comprometidas em conservar a natureza ou neutralizar as suas emissões de gases de efeito estufa tem sido um modelo de sucesso para plantar árvores em várias regiões de Mata Atlântica do Brasil. Todas as empresas e pessoas podem fazer parte da mudança e da proteção de uma das florestas mais valiosas e ameaçadas do mundo. Pelo nosso bem!”

Marcia Hirota




Quer participar deste plantão? Escreva para redacao@clubedecriacao.com.br.

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