Pnud e ONU

Menos de 1% da população feminina vive em países com alto nível de autonomia de mulheres e meninas e com baixa disparidade entre os gêneros.

O dado foi apurado a partir de dois novos índices criados para mensurar as lacunas que mulheres enfrentam para se desenvolver, em uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da ONU Mulheres.

Envolvendo 114 países, a pesquisa analisa saúde, educação, trabalho, inclusão financeira, poder de decisão e violência.

O Índice de Empoderamento das Mulheres (WEI na sigla em inglês) avalia o poder e a liberdade de fazer escolhas e aproveitar oportunidades na vida. O Índice Global de Paridade de Gênero (Ggpi) considera o status da mulher em relação ao homem em quatro dimensões do desenvolvimento humano.

Segundo apurado, 3,1 bilhões de mulheres e meninas (mais de 90% da população feminina mundial) vivem em países com baixa ou média performance de empoderamento e baixo ou médio desempenho em paridade de gênero. Apesar de 47 dentre este países registrarem alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) eles ainda estão distantes das metas de equidade entre homens e mulheres.

Com base nos resultados, o Pnud e a ONU Mulheres recomendam ações urgentes em cinco áreas de intervenção: nas políticas de saúde, que devem reconhecer as diferentes necessidades de mulheres e homens; na educação, com mais investimentos para empoderar mulheres e meninas na era digital; na equidade de salários; na eliminação de leis, políticas e regulações que discriminam as mulheres, apoiando a participação delas em todas as esferas da vida pública; e no enfrentamento da violência de gênero e oferecendo suporte a vítimas.

Com base no WEI, o Pnud e a ONU Mulheres concluíram que em média, as mulheres estão empoderadas para atingir apenas 60% do seu potencial. Com base no Ggpi, a conclusão é de que as mulheres alcançam, em média, 28% menos que os homens nas dimensões do desenvolvimento humano analisadas.

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