Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Acesso exclusivo para sócios corporativos
Ainda não é Sócio do Clube de Criação? Associe-se agora!
Justiça dos EUA x Google: embates finais em ação antitruste
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apresentou nesta segunda-feira, 25, suas alegações finais em um processo antitruste contra o Google, que envolve uma coalizão de estados e que acusa a gigante das buscas de monopolizar o mercado de publicidade online. Os advogados da companhia defenderam a big tech sob o argumento de que sua conduta representa inovação frente a um mercado competitivo.
A audiência, que durou cerca de três horas, foi realizada em Alexandria (Virgínia), sob a supervisão da juíza distrital Leonie Brinkema, que já tinha manifestado intenção de tomar uma decisão sobre a ação até o final do ano. Porém ainda não foi marcada uma data para a conclusão do processo.
As acusações do DOJ a respeito de conduta monopolista se concentram no domínio do Google sobre ferramentas como o DoubleClick for Publishers (DFP) e o AdX (Ad Exchange), que, segundo a Justiça dos EUA, permitem à corporação controlar três mercados: o de ad servers, o de ad exchanges e o de ad networks. “O Google é uma, duas, três vezes monopolista”, afirmou Aaron Teitelbaum, advogado do Departamento de Justiça.
A corporação rebateu, alegando que o mercado é único e com dois lados: o de compradores e o de vendedores de anúncios. Suas estratégias, argumentou Karen Dunn, a principal advogada da big tech, são para colocar a companhia em competição com gigantes como Meta e TikTok.
Esses foram os últimos argumentos apresentados em audiência de um processo iniciado no ano passado. O caso pode ser um duro golpe contra o Google e gerar consequências no negócio da publicidade online. Uma das propostas dos promotores se refere à venda do Google Ad Manager, uma plataforma de gerenciamento de anúncios para editores de grande porte que realizam um alto volume de vendas diretas.
Na semana passada, em outra ação, o DOJ pediu a um tribunal federal que recomendasse ao Google a venda do navegador Chrome, o mais usado no mundo, como forma de corrigir seu monopólio no setor de buscas.