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China não aprova fusão
A fusão que cria o maior grupo mundial de publicidade - Publicis Omnicom - recebeu luz verde de todos os países, com exceção da China, disse o CEO da Omnicom, John Wren.
"Esta transação é altamente complexa e está tomando mais tempo do que esperávamos originalmente", disse ele, que acredita que as questões junto às entidades regulatórias chinesas estarão resolvidas no máximo até o início do segundo semestre.
Na China, o grupo WPP continuará a ser a maior holding do país. A combinação entre Publicis e Omnicom terá o dobro do tamanho do WPP nos EUA, mas em terras chinesas o grupo do CEO Martin Sorrel vai continuar a dominar. Segundo ele, o WPP capta atualmente US$ 1,5 bilhão em receitas na Grande China. Publicis e Omnicom não divulgam dados financeiros especificamente para o mercado chinês, mas estimativas da consultoria R3 dão conta de que o Publicis teria captado na China, em 2012, receita de US$ 430,9 milhões e, no caso do Omnicom, US$ 283,2 milhões (leia aqui).
Quando os grupos Publicis e Omnicom anunciaram o acordo de fusão, em julho de 2013 (leia aqui), estavam confiantes de que iriam fechar o negócio até o final de dezembro do ano passado, em apenas cinco meses, o que não ocorreu.
Apesar da demora, é improvável que obstáculos regulatórios acabem com a fusão, segundo avaliou Brian Wieser, analista da Pivotal Research.
As autoridades antitruste dos EUA não fizeram objeções à proposta de fusão dos grupos Omnicom e Publicis. O negócio também recebeu aprovação regulatória no Canadá, Índia, Turquia, África do Sul e Coreia do Sul (leia aqui). No Brasil, o Cade aprovou o negócio sem restrições (aqui).
Com Valor Econômico e Financial Times.